A greve dos funcionários do Metrô de São Paulo deflagrada nesta terça-feira, 28, afeta a operação de quatro linhas do sistema na capital paulista. Além dos metroviários, trabalhadores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp também anunciaram paralisação parcial das atividades em protesto contra a política de privatizações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em entrevista no início da manhã, Tarcísio afirmou que as greves não impedirão o plano de privatizações e desestatizações do governo estadual. “A operação da Sabesp vai acontecer em 2024, pode ter certeza disso. E vai ser um grande sucesso”, declarou o governador sobre o seu projeto mais adiantado de privatização, o da companhia de saneamento, que já está na Assembleia Legislativa. “Não tem o que ser negociado, não tem acordo.”
Segundo o boletim mais recente do governo estadual, atualizado às 9h15, os trechos afetados pelas paralisações são os seguintes:
Metrô
• Linha 1- Azul: funcionando da estação Tiradentes até Ana Rosa com intervalo de seis minutos
• Linha 2- Verde: Alto do Ipiranga até Clínicas com intervalo de seis minutos
• Linha 3-Vermelha: Bresser até Santa Cecília com intervalo de cinco minutos
• Linha 15- Prata: fechada
CPTM
• Linha 7- Rubi: funcionando de Luz a Caieiras com intervalo de até oito minutos
• Linha 10- Turquesa: fechada
• Linha 11-Coral: Luz até Guaianases com intervalo de até seis minutos
• Linha 12- Safira: Brás até Calmon Viana com intervalo de até oito minutos
• Linha 13- Jade: Engenheiro Goulart até Aeroporto de Guarulhos com intervalo de até 30 minutos
O presidente da Sabesp, André Salcedo, informou que os serviços da estatal funcionam normalmente nesta terça.
A Justiça determinou que 80% dos serviços do Metrô devem funcionar nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h – no caso da CPTM, 85% dos trabalhadores devem estar atuando das 4h às 10h e das 16h às 21h. Nos demais períodos, o contingente deve ser de 60% nesta terça. Caso as decisões sejam descumpridas, os sindicatos dos metroviários estarão sujeitos a multas diárias de 700 mil reais, enquanto as entidades que representam os ferroviários enfrentam punição de 600 mil reais por dia.