Hytalo estava em casa com mais 7 pessoas e ficou em silêncio ao ser preso

Ao menos oito pessoas estavam na casa alugada em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, onde Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, foram presos nesta sexta-feira, 15. Segundo a Polícia Civil, os outros presentes no local são maiores de idade e foram identificados como assessores do influenciador paraibano, investigado em seu estado natal por sexualização de crianças e adolescentes.

Desde o momento da prisão, na manhã de hoje, Hytalo e Israel preferiram ficar em silêncio desde a prisão — apenas se identificaram verbalmente a pedido dos policiais. Detido na sede do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o casal foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e ficará preso em Carapicuíba até que a Justiça autorize sua transferência para a Paraíba.

Segundo o delegado Fernando David, titular da 3ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes Financeiras, a polícia apreendeu oito celulares e um veículo Land Rover com Hytalo e Israel. As ordens de prisão e de busca e apreensão foram emitidas pela Justiça da Paraíba, em Bayeux, e citam suspeitas de violação dos artigos de número 232, 240 e 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que dispõem sobre exposição indevida, produção e venda de conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade.

Ao longo da semana, a Polícia Civil da Paraíba realizou buscas e apreensões em endereços do influenciador em João Pessoa e Bayeux — na residência do casal, em um condomínio de alto padrão na capital paraibana, os agentes encontraram objetos ensacados e uma máquina de lavar louças funcionando, sugerindo que os investigados haviam deixado o local pouco antes da ação policial.

Hytalo Santos, cujo nome real é Hítalo José dos Santos Silva, está na mira das autoridades desde o final do ano passado por denúncias de exploração sexual de menores de idade. Em seus canais nas redes sociais, o influenciador publica vídeos de festas com meninas adolescentes vestindo roupas curtas, fazendo danças sensuais, trocando carícias e falando abertamente sobre sexualidade. O caso ganhou repercussão nacional após uma denúncia do youtuber Felca, em vídeo de 6 de agosto intitulado “Adultização”, que expõe a prática de erotização das garotas pelo produtor paraibano e alerta para os riscos à segurança e saúde mental das participantes das festas e de usuários jovens que consomem o conteúdo.

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