O subprocurador-geral da República Mario Bonsaglia, que ficou em primeiro em 2019 na lista tríplice do Ministério Público Federal para comandar a Procuradoria-Geral da República, mas foi esnobado pelo presidente Jair Bolsonaro, que preferiu nomear Augusto Aras – que nem entre os três mais votados estava -, comemorou uma pequena vingança nesta terça-feira, 23.
Com 645 votos, ele foi o mais votado para ocupar uma das duas cadeiras no Conselho Superior, o mais importante órgão do Ministério Público, que tem dez integrantes. A outra vaga ficou com Nicolao Dino (608 votos), irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Aras apoiava os outros dois candidatos derrotados: os também subprocuradores-gerais da República Carlos Frederico Santos (190 votos) e Maria Iraneide Facchini (121). Julieta Fajardo Albuquerque (61 votos) completou a lista dos candidatos.
A votação foi considerada uma derrota interna de Aras, que já havia sido alvo este ano de um abaixo-assinado com quase 600 assinaturas de procuradores criticando a sua gestão, considerada muito próxima a Bolsonaro e muito distante da Operação Lava-Jato.