Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Justiça mantém na prisão mulher que levou tio morto ao banco

Erika de Souza Vieira Nunes foi presa após levar o cadáver do tio, Paulo Roberto Braga, a uma agência bancária em Bangu para fazer empréstimo

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h14 - Publicado em 18 abr 2024, 15h08

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu nesta quinta-feira, 18, manter presa Érika de Souza Vieira Nunes, presa por levar o cadáver do tio, Paulo Roberto Braga, para fazer um empréstimo de 17 mil reais em uma agência bancária em Bangu, na capital fluminense. Ela passou por audiência de custódia e responderá as investigações atrás das grades.

A advogada da mulher, Ana Carla de Souza Correa, disse a VEJA estar “indignada” com a decisão. De acordo com o que ela informou no processo, Érika não tem antecedentes criminais e possui endereço fixo. Ela é dona de casa e tem uma filha menor de idade sob seus cuidados.

Mesmo assim, a Justiça decidiu mantê-la presa preventivamente para “garantia de aplicação da lei penal e da ordem pública”. A polícia autuou o caso como tentativa de furto e vilipêndio de cadáver, crimes cujas penas, somadas, chegam a onze anos.

O caso de Érika aconteceu na tarde de terça-feira, 16, e teve grande repercussão, por causa do vídeo que a mostra segurando a cabeça e aos mãos do corpo do tio para que ele assinasse o documento do empréstimo. A atendente do banco suspeitou que o homem não estava bem e acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que constatou o óbito.

“O que salta aos olhos e incrementa a gravidade da ação é que, em momento nenhum, a custodiada se preocupa com o estado de saúde de quem afirmava ser cuidadora. Os funcionários do banco que, notando aquela cena vexatória e cruel, acionaram o socorro. O ânimo da indiciada se voltava exclusivamente a sacar o dinheiro, chegando ao ponto de fazer o senhor Paulo segurar uma caneta para demonstrar que estaria assinando o documento”, diz a decisão da juíza Rachel Assad da Cunha, que conduziu a audiência de custódia.

Continua após a publicidade

O laudo de necropsia afirma que não é possível cravar que ele já estava morto quando entrou na agência bancária. “O perito não tem elementos seguros para afirmar do ponto de vista técnico e científico se o senhor Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou no interior da agência bancária”, diz o documento.

A causa da morte constatada foi “broncoaspiração do conteúdo estomacal e falência cardíaca”. No entanto, o corpo vai passar por exames toxicológicos para avaliar se houve intoxicação. O estado em que o homem estava também foi usado pela juíza como argumento para manter Érika na prisão. “Assim, ainda que a custodiada não tenha notado o exato momento do óbito, era perceptível a qualquer pessoa que aquele idoso na cadeira de rodas não estava bem. Diversas pessoas que cruzaram com a custodiada e o senhor Paulo ficaram perplexos com a cena, mas a custodiada teria sido a única pessoa a não perceber?”

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está ouvindo testemunhas para entender detalhes sobre o episódio. Um motorista de aplicativo, que levou Érika e seu tio, Paulo Braga, no dia da morte, disse que o homem estava vivo e chegou a segurar na porta do carro antes de entrar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.