Lula, Bolsonaro e a dança dos votos religiosos
Presidente avança entre os católicos, mas o petista ganha terreno entre os evangélicos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) têm travado uma disputa curiosa por intenções de voto entre os eleitores das duas mais numerosas correntes religiosas do país – os evangélicos e os católicos.
Tradicional reduto de Bolsonaro, que não economiza esforços para manter esse eleitorado próximo a ele, os evangélicos vão se afastando lentamente do presidente. Segundo pesquisa XP/Ipespe feita entre os dias 3 e 5 de abril e divulgada no último dia 6, Lula diminuiu a liderança de Bolsonaro nesse segmento em nove pontos desde janeiro – o placar caiu de 43% a 27% (16 pontos percentuais de diferenã) para o presidente para 40% a 33% (sete pontos).
Por outro lado, Bolsonaro tem avançado entre os católicos, eleitorado que sempre teve maior simpatia pelo petista. A diferença em favor do ex-presidente, no entanto, caiu de 24 pontos em janeiro (46% a 22%) para dez (41% a 31%) em abril.
Nas outras denominações religiosas, o petista segue na liderança — tinha 55% a 12% em janeiro e agora tem 59% a 17% –, mas esse contingente é pequeno no universo total de eleitores. Católicos e evangélicos somam cerca de 75% do eleitorado.