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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Lula comemora, se reúne com advogados e pede calma aos correligionários

Ex-presidente quer entender a decisão do ministro Edson Fachin que anulou todos os seus processos na Lava Jato de Curitiba

Por Tatiana Farah, Gabriel Mascarenhas Atualizado em 8 mar 2021, 17h22 - Publicado em 8 mar 2021, 16h38

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou sabendo pela imprensa da decisão do ministro Edson Fachin, do STF,  que anula suas condenações na Operação Lava Jato. Surpreso, pediu à equipe do advogado Cristiano Zanin Martins, que atua no caso desde o princípio, que analise cada detalhe do texto. Ele também pediu cautela aos correligionários até entender exatamente o que a decisão significa.

Lula quer compreender melhor as implicações do ato do ministro. A primeira análise é a de que ele pode ter sido também uma forma de Fachin dar sobrevida à Lava Jato, já que ela deve tornar sem efeito o recurso do petista que pede a suspeição do então juiz Sergio Moro — como os processos que tiveram a participação de Moro não valem mais, não faz mais sentido discutir os atos praticados pelo ex-magistrado.

Com a anulação por Fachin dos quatro processos em que Lula era réu em Curitiba — tríplex do Guarujá, sítio de Atibaia, doações ao Instituto Lula e compra de um terreno pela Odebrecht –,  o ex-presidente recupera os seus direitos políticos e torna-se elegível para disputar a presidência em 2022.

O petista comemorou a decisão, por telefone, com um de seus amigos mais próximos, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e se reuniu com advogados para discutir o caso. “A decisão do ministro é surpreendente a essa altura do campeonato, até porque ele sempre defendeu a Lava Jato. É uma decisão importante em nossa luta para conseguir a absolvição do Lula. Mas é o seguinte: o cara passou 500 dias na cadeia, foi tirado do processo eleitoral e vai ficar por isso mesmo?”, disse Okamotto, por telefone, a VEJA. “Queremos que seja reconhecida nossa tese de perseguição política, de suspeição do [ex-juiz Sergio] Moro e da força-tarefa da Lava Jato”, completou Okamotto.

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A defesa do ex-presidente ainda não se manifestou. Em entrevistas recente, Lula tem dito que, sendo elegível, disputaria a eleição. Em caso negativo, indicaria o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato. Haddad perdeu no segundo turno em 2018 para Jair Bolsonaro (sem partido), que deve disputar a reeleição.

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