Lula defende relação com a China e critica ‘turbulência’ causada por Trump
Em inauguração de fábrica da GWM, petista disse ainda que Bolsonaro está tendo direito de defesa

A chinesa GWM inaugurou, nesta sexta-feira, 15, sua primeira fábrica nas Américas na cidade de Iracemápolis, no interior de São Paulo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de inauguração e usou seu discurso para defender as relações entre Brasil e China. Também voltou a criticar o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump e comentou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo início está previsto para 2 de setembro.
“Temos uma relação muito forte com a China, é nosso principal parceiro comercial, e vamos brigar para que volte o multilateralismo e para que os países possam ser tratados com igualdade de condições”, afirmou. “Enquanto uma empresa americana, como a Ford, vai embora do Brasil, enquanto a Mercedes, uma empresa alemã, que foi muito bem tratada aqui em São Paulo, vai embora, uma outra empresa, chinesa, vem ao Brasil”, completou.
Lula criticou ainda a posição do presidente americano, Donald Trump. “Estamos vivendo uma turbulência que não precisávamos”, disse. E falou ainda sobre o julgamento do ex-presidente, Jair Bolsonaro. “Aqui temos uma democracia, temos direitos humanos […], e ele está tendo o direito de defesa que eu não tive nesse país”.
Nos discursos de Luiz Marinho, Ministro do Trabalho, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, o tema principal também foi o fortalecimento das relações diplomáticas e econômicas entre Brasil e China – em um momento em que a relação com os Estados Unidos está estremecida.