Ministro diz que demissão e troca por Boulos foi de olho em eleição de 26
De saída da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo disse que pretende sair candidato, enquanto o psolista não fará campanha no ano que vem
De saída da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo publicou um vídeo nas suas redes sociais afirmando que a sua demissão foi acertada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por causa das eleições de 2026. “Eu estou saindo para ser candidato em 2026 e o Guilherme Boulos está entrando, que não será candidato, para cuidar da gestão”, disse em vídeo publicado nas redes sociais. O prazo máximo para desincompatibilização, no entanto, é abril do ano que vem.
O ministro, que vinha sendo criticado pelo seu trabalho de articular o governo com os movimentos sociais, fez um balanço positivo de seu trabalho — ele está no ministério desde a posse de Lula, em janeiro de 2023. “Quero dizer que saio com a sensação da missão cumprida. Porque todas as propostas que o presidente assumiu nas urnas, na campanha eleitoral, todos os programas que foram discutidos e organizados na transição e todas as propostas que compõem o planejamento do governo do presidente Lula, no que concerne à participação social, estão sendo colocadas em prática. Ou já foram realizadas ou estão em processo de realização. Quero falar também que a palavra que eu tenho para dizer nesse momento é de gratidão. Gratidão ao presidente Lula. Desde 2015 que eu tenho uma aproximação com o presidente Lula”, disse Macêdo em vídeo publicado no X (antigo Twitter).
Em conversa com o presidente Lula, ficou definido que deixarei o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República para disputar as eleições de 2026. Saio com o sentimento de dever cumprido e com a certeza de que entregamos tudo o que prometemos durante a… pic.twitter.com/5jmaXkVbBd
Siga— Marcio Macedo (@MarcioMacedoPT) October 20, 2025
Macêdo fez sua carreira política no Sergipe, estado pelo qual foi eleito deputado duas vezes. No anúncio feito na noite de segunda, 20, ele não especificou a qual cargo pretende ser candidato em 2026. Atualmente, o estado é governado por Fabio Mitidieri (PSD), que é aliado da gestão federal. Ele é mais próximo de Macêdo do que de outra liderança sergipana, o senador Rogério Carvalho (PT-SE).
A saída de Macêdo para acomodar Boulos dentro da gestão petista já era dada como certa há semanas. O psolista foi candidato à prefeitura de São Paulo em 2024, mas foi derrotado por Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno. A campanha foi marcada por polêmicos ataques do coach Pablo Marçal contra Boulos — o que rendeu ao guru algumas centenas de processos, inclusive na seara criminal.
Lula chegou a vir para a capital paulista para participar de alguns atos de campanha de Boulos, mas várias lideranças locais do PT não tiveram o mesmo empenho com a campanha. Depois da eleição, Boulos voltou para o cargo de deputado federal. Em 2022, ele foi o mais votado do estado para o cargo, superando nomes como Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli (ambos do PL-SP).
Gramado suspende festividade de natal após acidente aéreo que matou 10 pessoas
Câmara aprova projeto que reduz penas de condenados por atos golpistas
STF suspende parcialmente decisão sobre Lei do Impeachment







