A residência oficial da Presidência da República, o Palácio do Alvorada, está “aposentada” desde que Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment, em agosto de 2016. No cargo desde então, Michel Temer (PMDB) preferiu morar no Palácio do Jaburu, tradicionalmente reservado para o vice-presidente.
Até bem pouco tempo aberta aos olhos de quem a observava de fora, a marquise que dá acesso ao Jaburu dava certa publicidade à movimentação de quem entrava e quem sa��a da residência. Assim, era possível saber quais ministros, parlamentares e demais políticos visitavam a casa do presidente. Na foto abaixo, tirada em maio, Temer conversa com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), além de assessores jurídicos.
Recentemente, no entanto, surgiram no espaço entre a marquise e a rua plantas, instaladas de forma a se tornar um “corredor verde”, que impede a visão da entrada. Com isso, ficará mais fácil para o presidente, se quiser, receber convidados sem ter de prestar contas sobre as visitas na residência oficial que, afinal de contas, é financiada com dinheiro público.
Veja abaixo o novo jardim posicionado à entrada da casa onde vivem o peemedebista, a primeira-dama Marcela Temer e o filho do casal, Michelzinho.
Vale lembrar que a crise enfrentada pelo governo Temer surgiu, justamente, de uma visita secreta nao Palácio do Jaburu. Em 7 de março, entrando de forma anônima e se dirigindo diretamente para a garagem do prédio, o empresário Joesley Batista visitou o presidente, em conversa noturna que ficou de fora dos registros oficiais.
Procurado por VEJA, o Palácio do Planalto diz que não há posicionamento e que o governo não comentará a instalação da decoração.