De volta ao Partido dos Trabalhadores, Marta Suplicy ganhou um afago da presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann, durante o evento de refiliação da ex-prefeita, que acontece nesta sexta-feira, 2, em São Paulo.
“Hoje, esse partido recebe a sua ex-prefeita de volta. Recebe Marta Suplicy. Seja bem-vinda, Marta, ao PT, ao seu partido. Você pode ter saído do PT por um tempo, mas eu quero dizer que o PT não saiu da sua imagem”, disse Gleisi. “As pessoas te veem e ainda falam: ‘Dona Marta do PT’. E o governo que você fez em São Paulo, as marcas que você deixou, são dos programas do PT. Elas evidenciam o compromisso que você teve. A sua gestão foi uma das que mais fez pela periferia, pelo povo pobre, pelos trabalhadores”, emendou a cacique, citando iniciativas como o Bilhete Único, os CEUs (Centros Educacionais Unificados) e as moradias populares, sob fortes aplausos da plateia.
Participam do evento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que mais cedo cumpriu uma maratona de agendas em Santos e em São Bernardo do Campo, o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), de quem Marta deverá ser vice, e ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho), Marcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais). O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que esteve ao lado de Lula ao longo do dia, não participou do ato — isso porque seu partido, o PSB, deverá lançar Tábata Amaral como “rival” de Boulos à prefeitura.
Gleisi ainda afirmou que a disputa à capital paulista é a “principal do país”, por suas dimensões econômica e política, e disse que “ganhar em São Paulo é ganhar também no Brasil”.
Polarização
A presidente nacional do PT ainda mencionou o que classificou como “projeto de retrocesso da extrema-direita” para São Paulo e para o Brasil, e rechaçou as críticas que o partido recebe de ser agente ativo na polarização do país com o bolsonarismo.
“Se não enfrentarmos, eles vencerão. Cabe a esse campo, junto com forças progressistas, não deixar a extrema-direita voltar. Esse é o compromisso histórico nosso, porque sabemos como a extrema-direita governa. Aliás, sabemos o que foi o 8 de janeiro, o aparelhamento da Abin. Essa gente não pode voltar”, declarou.