O desfile das campeãs do Carnaval do Rio de Janeiro, no último sábado, 17, arrastou mais do que milhares de foliões à Marquês de Sapucaí.
Convidados pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) e pelo governador Cláudio Castro (PL), políticos das mais variadas colorações partidárias circularam pelos principais camarotes do evento, entre eles o presidente do MDB, Baleia Rossi, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e os ministros das Cidades, Jader Filho (MDB), e da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Em meio à folia, o assunto que “uniu” os convivas teve nome e sobrenome: Arthur Lira (PP-AL).
A sucessão do atual todo-poderoso presidente da Câmara foi um dos temas da noite. Apesar da escolha estar marcada para fevereiro de 2025 — assim como a substituição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Senado —, as negociações políticas para os futuros nomes dos chefes do Legislativo têm acontecido desde meados do ano passado.
Prestigiando o desfile na Sapucaí — em camarotes diferentes — estavam ao menos dois “pré-candidatos” à vaga: os deputados e líderes de bancada Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA). Nas rodas de conversa, mandatários brincaram que os conterrâneos já estavam “em campanha” pela cadeira de Lira. Alguns dos comentários lançaram dúvidas sobre o espaço que o tema terá que “disputar” em um ano com matérias relevantes tramitando no Congresso e o tempo exíguo do Legislativo devido às eleições municipais.
Além das lideranças do PSD e União, têm sido ainda colocados como postulantes à sucessão de Lira os deputados Marcos Pereira, presidente do Republicanos, e Isnaldo Bulhões (MDB-AL), e um possível nome do PL de Jair Bolsonaro, partido que tem hoje a maior bancada “individual” da Casa — excluídos blocos e federações —, com 96 deputados.