O placar Lula x Bolsonaro em denúncias por propaganda irregular
Nos últimos dias, a Justiça Eleitoral recebeu centenas de reclamações que passaram a ser investigadas
Desde o último 16 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de 303 denúncias no sistema Pardal, do Tribunal Superior Eleitoral, segundo levantamento feito por VEJA nas seções regionais. As queixas, que se referem à prática de propaganda eleitoral irregular em todo o país e se transformaram em processos judiciais, foram feitas pelo aplicativo que pode ser baixado nas lojas virtuais Apple Store e Google Play. Seu principal oponente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi objeto de vinte reclamações. Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (União Brasil) não receberam nenhum relato.
Qualquer pessoa pode baixar o app e enviar sua denúncia, que será analisada pelo Ministério Público Eleitoral e por um juiz. Como o sistema entrou no ar há menos de um mês, a maioria dos processos encontra-se em fase inicial, ou seja, está sob análise, sem julgamento de mérito.
Em São Paulo, as queixas contra a campanha do presidente da República são basicamente pela instalação de outdoors, normalmente feita por terceiros e nas periferias. Na cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, uma caminhonete com a tampa da carroceria coberta por uma montagem do ex-presidente Lula amarrado e sentado em uma cadeira também foi denunciada.
Em Caruaru-PB, um cartaz com um desenho de Lula colado em um muro da cidade também foi denunciado ao TRE. Nesse caso, como o próprio diretório do PT na cidade fez a remoção do adesivo, o caso acabou sendo encerrado.
A Lei Eleitoral não permite a colocação de outdoors e cartazes políticos nas ruas, independentemente da época.