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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O que a vice de Alckmin em 2018 pensa sobre ele como vice de Lula em 2022

Ana Amélia mantém admiração pelo ex-tucano, mas não esconde reprovação ao movimento em vias de se concretizar

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 mar 2022, 14h33

De candidato a presidente em 2018 pelo PSDB a possível candidato a vice-presidente em 2022, provavelmente pelo PSB, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, ao que tudo indica, terá sido companheiro de chapa de dois políticos de perfis absolutamente antagônicos em quatro anos: a ex-senadora gaúcha Ana Amélia Lemos, de saída do PP, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Jornalista convertida em política e alçada a destaque no Congresso durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Ana Amélia não esconde a desaprovação ao movimento do ex-aliado. Hoje secretária de Relações Federativas e Internacionais do governo do Rio Grande do Sul, cargo de representação da gestão de Eduardo Leite (PSDB) em Brasília, ela mantém admiração por Alckmin, mas vê na aliança mais benefícios a Lula do que ao ex-governador e a classifica como “nódoa na biografia” do ex-tucano.

“A aliança favorece mais Lula do que Alckmin. O eleitorado do Alckmin é mais ao estilo mineiro, não é de posições radicalizadas, é mais para o conservador. Convivi com Alckmin, acho ele uma pessoa de uma integridade muito grande, mas politicamente, neste episódio, foi uma nódoa na biografia dele, a questão de coerência política”, disse Ana Amélia a VEJA.

“Acho que houve uma certa frustração dos eleitores e admiradores dele em relação a isso. Não tira o brilho e o mérito que ele tem como político, como governador de São Paulo, muito competente, fez grandes avanços”, completou.

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Na eleição de 2018, Ana Amélia trocou o que seria uma reeleição relativamente tranquila a mais oito anos no Senado pela candidatura a vice de Alckmin, selada a partir do apoio de seu partido, o PP, ao então tucano no plano nacional. O ex-governador paulista, contudo, amargou apenas 4% dos votos no primeiro turno, pior resultado de um tucano na história.

Enquanto Geraldo Alckmin deve acompanhar Lula nas urnas em 2022, Ana Amélia mira enfim voltar ao Senado, como candidata na chapa governista do Rio Grande do Sul. Ela está de saída do PP e deve definir na próxima semana seu futuro partidário – siglas como PSD e PSDB são possíveis destinos da secretária.

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