O que prevê o acordo firmado entre o PT e o Partido Comunista da China
Cúpulas das duas agremiações se reuniram em Brasília para fechar parceria que estreita laços políticos
O PT acaba de dar um grande passo para estreitar as relações com a China. Na última quarta-feira, 20, em Brasília, dirigentes da sigla receberam representantes do Partido Comunista Chinês (PCCh) e as duas legendas firmaram um acordo oficial de “intercâmbio e cooperação”. O acerto prevê que ambas as partes irão “fortalecer as relações bilaterais, aprofundar a comunicação estratégica e promover o desenvolvimento sustentável e saudável das relações entre a China e o Brasil”.
Na prática, ao fortalecer a participação da sigla nos diálogos diplomáticos envolvendo o Partido Comunista Chinês – o único do país -, o acordo consolida o envolvimento do PT enquanto partido, paralelamente ao governo federal, em todas as relações entre Brasil e China. O documento estabelece que PT e PCCh irão “intensificar a troca de visitas de alto nível” e realizar “consultas estreitas sobre questões que implicam à soberania, à integridade territorial e à independência e à autodeterminação dos dois países.”
O documento foi assinado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e pelo ministro do Departamento Internacional do PCCh, Liu Jinchao — também estava presente o representante do Comitê Permanente do Politburo do PCCh, Li Xi. “Nossos partidos, assim como nossos países, têm uma trajetória de diálogo e cooperação em diversos campos”, afirmou Hoffmann.
Segundo o texto assinado na quarta-feira, o acordo terá validade até setembro de 2028.