O escritor Olavo de Carvalho, que morreu aos 74 anos na noite de segunda-feira, 24, em um hospital na Virgínia (EUA), tinha várias teses polêmicas sobre marxismo, globalismo e religião, entre outras, mas nos últimos tempos também se dedicou a promover teorias conspiratórias sobre a Covid-19 e a negar a pandemia e a gravidade da doença.
Olavo morreu após oito dias internado em razão de ter contraído Covid-19 – segundo a sua filha, Heloisa de Carvalho Martin Arribas, que é rompida com o pai, a causa da morte foi a doença. Militante antivacina, ele muito provavelmente não se imunizou contra o novo coronavírus.
A pregação anticiência o acompanhou até o último momento. Em seu último post no Twitter, em 13 de janeiro, ele recomendou vários livros para os seus seguidores, entre eles A Verdade sobre a Pandemia, As Mentiras que nos Contam, Vírus e Leviatã e Diário de Wuhan, todos escritos por outros autores e construídos em cima das teorias conspiratórias mais diversas sobre a pandemia.
Também já se referiu, em abril de 2020, ao novo coronavírus como “vírus chinês” e o colocou numa ampla orquestração chinesa para impor sua hegemonia comunista – para ele, a “campanha para nos ‘proteger da pandemia’ é o mais vasto e sórdido crime já cometido contra a espécie humana”. Um mês depois, voltou à carga. “O medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão”, postou.
Em um post publicado em janeiro de 2021, questionou de forma direta a letalidade da doença. “O vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?, publicou no dia 2 de janeiro de 2021.
https://twitter.com/opropriolavo/status/1345427027881504769?s=20