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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

OAB-SP vai defender advogado investigado por receber mensagens de Cid

Eduardo Kuntz é defensor de Marcelo Costa Câmara, que foi preso por conta de investigação aberta por Alexandre de Moraes

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jun 2025, 20h03 - Publicado em 30 jun 2025, 17h36

A secção de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai defender o advogado Eduardo Kuntz no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que o investiga pela troca de mensagens com o ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid através de um perfil da rede social Instagram. Kuntz é advogado de Marcelo Costa Câmara, um dos militares que fizeram parte do governo de Jair Bolsonaro e que agora está no banco dos réus por conta da trama golpista. Kuntz deporá à Polícia Federal nesta terça, 1º.

Nesse mesmo inquérito, o relator, Alexandre de Moraes, mandou prender Câmara sob o argumento de que ele teria violado a proibição de não fazer contato com outros investigados, uma das condições para que permanecesse em liberdade durante o andamento do processo. A procuração da OAB foi juntada nos autos da investigação nesta segunda-feira, 30. Kuntz  será defendido pelos criminalistas Alberto Toron e Renato Marques Martins, que fazem parte da Comissão de Prerrogativas da Ordem e que atuaram na defesa de vários réus da Lava-Jato.

A ideia da intervenção da OAB-SP é defender a atuação de Kuntz como advogado. O respeito às prerrogativas funcionais da categoria já foi motivo de atritos com Alexandre de Moraes em outras oportunidades. Na semana passada, a defesa do general Walter Braga Netto apelou ao Conselho Federal da OAB por conta da proibição, estabelecida pelo ministro, de que a acareação entre o ex-candidato a vice-presidente e Mauro Cid fosse gravada, mesmo que através dos recursos próprios dos advogados. A Ordem, a nível federal, não se manifestou no processo.

Há uma forte pressão da categoria para que o Conselho Federal da entidade, conduzido por Beto Simonetti, que foi reeleito no começo deste ano, seja mais contundente na defesa das prerrogativas dos advogados no STF.

Entenda o caso

Depois de ter sido colocado em liberdade, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid trocou mensagens através de uma conta no Instagram em nome de sua esposa, afirmando que foi coagido a falar vários pontos-chave do seu acordo de colaboração premiada — o caso foi revelado por VEJA. As mensagens foram trocadas com o advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, que levou os prints das mensagens ao conhecimento do Supremo para tentar anular a delação de Mauro Cid. O argumento dele é de as conversas mostram que o tenente-coronel mentiu.

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O advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, questionou Mauro Cid sobre o perfil de Instagram durante seu interrogatório na Primeira Turma. Horas depois, a página foi retirada do ar por meio de uma VPN (ferramenta de conexão privada que permite que vários atos sejam praticados sem serem rastreados). Contudo, Meta e Google informaram ao STF que o perfil do Instagram usado por Cid está vinculado a um e-mail e a um telefone que são dele. Além do mais, a conta foi movimentada em uma região próxima da residência dele.

Moraes não colocou em xeque a credibilidade da delação de Cid e abriu uma investigação contra Marcelo Câmara e seu advogado, Eduardo Kuntz, pelo contato feito com Cid. Na ocasião, o ministro disse que havia indícios de que os dois haviam tentado “obstruir a investigação” do caso do golpe. “Dessa maneira, são gravíssimas as condutas noticiadas nos autos, indicando, neste momento, a possível tentativa de obstrução da investigação, por Marcelo Costa Câmara e por seu advogado Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz, que transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado”, diz a decisão de Moraes que ordenou a abertura do inquérito.

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