Pacheco na Fiesp: ‘Temos que contribuir para que esse governo dê certo’
Presidente do Senado defendeu o marco fiscal e a reforma tributária, disse que Haddad faz 'trabalho sério' e criticou 'busca por protagonismos' na política
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu nesta segunda-feira, 8, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) a “harmonia entre os poderes” e afirmou que pretende trabalhar junto ao governo Luiz Inácio Lula da Silva em torno de pautas como a aprovação do novo marco fiscal e da reforma tributária.
Durante o encontro com a diretoria da entidade empresarial, ele defendeu o “trabalho sério” do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pediu esforços para fazer o governo dar certo. “Eu tenho a obrigação de (fazer) que o Brasil dê certo. E, para isso, temos que contribuir para que esse governo dê certo. Esse é o meu espírito”, afirmou,
Ele também deu uma cutucada no presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ao criticar a “busca por protagonismos além da conta”, o que, segundo ele, fere a “estabilidade institucional” da qual o país necessita. Nas últimas semanas, Lira passou a verbalizar desacordos com a articulação política do governo, sobretudo no que diz respeito à atuação falha do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, na negociação para a distribuição de emendas e cargos junto a congressistas. “Buscar impor dificuldades, impor alguma busca de protagonismo além da conta para o Senado em detrimento dessa estabilidade, eu não o farei, o que não significa subserviência, nem estar um poder subjugado ao outro. A busca pela popularidade a qualquer custo é inimiga do que se precisa fazer”, declarou Pacheco.
O presidente do Senado defendeu que o país foque suas prioridades. “Teremos um panorama normativo, que fará com que a gente se ocupe do que é realmente importante: melhorar a indústria, o agronegócio, o setor de serviços e reduzir a taxa de desemprego. A harmonia entre os poderes é fundamental, e que cada um cumpra seu papel. O presidente da República faz um plano para a nação, e cabe ao Congresso Nacional contribuir para isso. Temos que contribuir para que o Brasil dê certo”, declarou.
Pacheco ainda fez coro com o governo Lula ao condenar a taxa de juros, defendendo uma “redução gradativa” dos atuais 13,75% ao ano.