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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Pau-mandado de Cunha’ se filia ao PT

Segundo delator da Operação Lava Jato, novo parlamentar petista o pressionou para negar acusações contra ex-presidente da Câmara na CPI da Petrobras

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 mar 2018, 23h50 - Publicado em 6 mar 2018, 20h06
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  • O deputado federal Celso Pansera (RJ) é o novo filiado do PT. Ele ingressou na legenda nesta terça-feira, em ato que contou com as presenças da presidente nacional do partido, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), e de deputados e senadores.

    Deputado de primeiro mandato, ele ficou conhecido em julho de 2015, quando foi classificado pelo doleiro Alberto Youssef, durante depoimento deste ao juiz federal Sergio Moro, como “pau-mandado” do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ), hoje cassado.

    Na época, Yousseff disse a Moro que estava sendo intimidado por Pansera para desmentir acusações feitas a políticos em seu acordo de delação premiada. Segundo ele, o mais novo petista do pedaço estava articulando para envolver sua família nas investigações da CPI da Petrobras como forma de fazer o doleiro mudar de ideia.

    Na época, forte, Cunha se gabava de ter centenas de deputados em sua “tropa de choque”, por meio da qual desestabilizava o governo da então presidente Dilma Rousseff (PT) e encaminhava a aprovação de projetos de seu interesse. De acordo com o delator, Celso Pansera era integrante engajado deste time.

    Perfil

    Jovem com militância de esquerda – iniciou sua militância no PT, passando pelo PSTU e pelo PSB –, Pansera aderiu ao PMDB em 2013. Pelo partido, se elegeu para a Câmara pela primeira vez em 2014.

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    Entre 2015 e 2016, foi ministro da Ciência e Tecnologia de Dilma, voltando ao mandato para votar contra o impeachment da petista. Desde as quedas de Cunha e de Dilma, que tanto brigaram até acabarem ambos em maus lençóis, o deputado adotou uma postura mais à esquerda.

    Ele vinha sofrendo represálias no atual partido pela sua posição a favor da ex-presidente e, pouco mais de um ano depois, a favor das denúncias contra Michel Temer (MDB). Quem também ingressou no PT nesta terça-feira foi a filósofa e escritora Márcia Tiburi. A autora teve a ficha de ingresso na legenda abonada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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