Perto da largada para 2024, PT só tem candidatos em duas grandes capitais
Partido queria chegar à conferência eleitoral em dezembro com maioria das candidaturas definidas, mas isso só ocorreu em Porto Alegre e Belo Horizonte
O PT quer fazer de 2024 o ano da grande virada eleitoral nos municípios depois de, como admite a própria cúpula do partido, ter chegado ao “fundo do poço” na eleição de 2020, quando, pela primeira vez em sua história, não elegeu prefeito em nenhuma capital.
O plano era definir o maior número possível de candidatos ou de alianças com outros partidos antes da conferência eleitoral do partido, no dia 8 de dezembro, em Brasília, evento que deve ser o tiro de largada para a eleição municipal e que terá até a participação do presidente Lula.
Até agora, no entanto, a estratégia não avançou. Nas dez maiores capitais do país, o partido só conseguiu definir candidatos até agora em duas delas: em Porto Alegre, com a deputada federal Maria do Rosário, e em Belo Horizonte, com o também deputado federal Rogério Correia.
Nos dois maiores colégios eleitorais municipais, o partido deve apoiar um aliado. A legenda tem a pretensão de indicar os vices de Guilherme Boulos em São Paulo e Eduardo Paes no Rio de Janeiro – não há, por enquanto, nenhum nome definido, no entanto. No Recife e em Belém, a tendência é apoiar os atuais prefeitos que vão tentar a reeleição – respectivamente João Campos (PSB) e Edmilson Rodrigues (PSOL).
Em outras capitais, as divergências internas não permitiram ao partido até agora decidir o que fará em 2024: é essa a situação em Salvador, Curitiba e Florianópolis, onde há discordância sobre lançar candidatura própria ou apoiar um nome de outra legenda, mas do mesmo campo político.
Em Fortaleza, a tendência é o partido ter um nome próprio, mas tudo depende ainda do desfecho da crise no PDT – é provável que muitos pedetistas migrem para o PT, o que pode mudar o jogo interno sobre a definição de candidatura.