‘Pit bull’ de Bolsonaro na CPI tem vida difícil na briga por governo de RO
Segundo Real Time Big Data, senador Marcos Rogério (PL) está atrás do atual governador, Marcos Rocha (União Brasil) , na disputa pelo comando do estado
O senador Marcos Rogério (PL-RO), que ganhou notoriedade como um dos principais defensores do governo de Jair Bolsonaro (PL) na CPI da Pandemia, terá vida difícil na sua missão como pré-candidato ao governo de Rondônia. Segundo a pesquisa divulgada do instituto Real Time Big Data, ele tem 18% das intenções de voto e está atrás do atual governador e favorito à reeleição, Marcos Rocha (União Brasil), que conta com 32%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Marcos Rogério, até então um parlamentar pouco conhecido, ganhou notoriedade na defesa da gestão sanitária do governo e protagonizou vários momentos de atrito com a oposição nas sessões da CPI, a maioria transmitida ao vivo pela TV e pelas redes sociais. Por essa postura, ganhou o apelido de “pit bull’ do bolsonarismo. Agora, com o apoio do presidente, tenta se aproveitar da visibilidade adquirida para se tornar governador.
Seu principal adversário, Marcos Rocha, é policial militar e também surfou na onda bolsonarista para ser eleito governador em 2018, quando se candidatou pelo PSL, então partido de Bolsonaro. No entanto, não fez parte da debandada rumo ao PL, que hoje abriga a maioria dos apoiadores do presidente, quando o PSL se fundiu com o DEM e se transformou em União Brasil. Ele tem 51% da aprovação dos rondonienses, segundo a mesma pesquisa.
Atrás de Rocha e Rogério estão o deputado federal Léo Moraes (Podemos), com 10%; o cientista político Vinícius Miguel (PSB), com 7%; e o comerciante Pimenta de Rondônia (PSOL), com 1%. São ainda 8% de brancos ou nulos e 24% que não sabem ou não responderam.
Senado
No principal cenário testado da corrida por uma vaga no Senado, a deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos) – que compõe chapa com o atual governador, Marcos Rocha – lidera com 20% das intenções de voto, mas empatada na margem de erro com os dois segundos colocados: o ex-senador Expedito Júnior (PSD) e a deputada federal Jaqueline Cassol (PP), ambos com 15%.
O ex-governador Daniel Pereira (SD) tem 5%, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do estado Benedito Alves (PDT) tem 2% e o juiz Léo Fachin (Avante), 1%. São 14% de votos nulos e brancos e 28% que não sabem ou não responderam.
O Real Time Big Data ouviu 1.500 pessoas no dia 11 de junho e cadastrou a pesquisa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número RO-00114/2022.
Uma semana após a divulgação, essa pesquisa foi considerada nociva ao interesse público e teve sua divulgação suspensa por decisão do juiz Edenir Sebastião Albuquerque da Rosa, do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, atendendo a um pedido de Marcos Rogério.