Por causa de Lula, Moro e Gregorio Duvivier trocam farpas no Twitter
Após ser duramente criticado em ato pela liberdade do petista, ministro posta cinco tuítes para rebater o humorista, que devolve: 'E o Queiroz?'
O ministro da Justiça, Sergio Moro, e o humorista Gregorio Duvivier trocaram farpas no Twitter entre domingo 5 e esta segunda-feira, 6, depois que o ex-juiz rebateu críticas feitas a ele durante em um ato pela libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, no fim de abril.
Entre outras coisas, Duvivier disse no ato que Moro “fala fino com a milícia” e que é “um sujeito fraco”, “covarde”, “um merda” e “um bosta”. E afirmou que o então juiz da Lava Jato condenou Lula, tirou o petista da corrida eleitoral e, com isso, ajudou a eleger Jair Bolsonaro, de quem hoje é ministro.
“A gente nunca pode esquecer disso: o juiz que prendeu o Lula é hoje o ministro da Justiça do sujeito que ganhou dele”, disse Duvivier ao microfone, para uma plateia de centenas de pessoas.
No domingo, Moro respondeu, sem citar o nome de Duvivier. “Penso que as declarações de baixo nível falam mais sobre o ofensor do que sobre mim”. O ministro também defendeu a liberdade de expressão e disse que não tomará nenhuma providência contra o humorista, apesar dos questionamentos feitos por seus seguidores (veja abaixo a sequência de tuítes).
E, por fim, no tuíte mais curtido (57 mil), Moro deixou escapar sua preocupação com uma eventual vitória petista nas eleições presidenciais de outubro passado:
Além de mais curtido, o post acima foi também o mais polêmico (gerou mais de 3.800 comentários), com vários usuários da rede social afirmando que, com a declaração, o ex-juiz estava assumindo que tinha interesse político na derrota de Lula e do PT.
Nesta segunda-feira, Duvivier entrou na conversa, com uma resposta irônica lembrando as suspeitas envolvendo o motorista Fabricio Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que está sendo investigado por movimentação financeira suspeita, incluindo de parte dos salários de servidores do filho do presidente, quando ele era deputado estadual no Rio.