Presidente do Republicanos, Marcos Pereira testa positivo para dengue
Deputado está em repouso e afastado de suas funções parlamentares; DF registra explosão de casos
O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, testou positivo para dengue nesta quinta, 22. O dirigente está afastado de suas funções e, por isso, não comparecerá à posse de Flávio Dino como ministro do Supremo Tribunal Federal marcada para às 16h desta quinta, 22, nem à reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com líderes partidários a partir das 19h no Palácio da Alvorada. O deputado informou que permanecerá em repouso nos próximos dias.
O surto da doença tem feito cada vez mais vítimas pelo país e obrigado os estados a tomarem medidas drásticas para tentar conter o problema. Em janeiro, por exemplo, o Distrito Federal decretou situação de emergência em saúde pública em função da alta de casos de dengue. Segundo dados da Secretaria de Saúde do DF, o número de notificações está em 82 234 e o de mortes confirmadas é de 35 – a maior taxa do país. A maioria das infecções tem ocorrido em mulheres de 20 a 29 anos, seguida pelo grupo de 70 a 79 anos.
As estatísticas levaram o Ministério a Saúde a iniciar a vacinação contra dengue no DF. Por enquanto, crianças de 10 e 11 anos podem ser imunizadas contra a doença desde o dia 9. A faixa etária indicada nesta primeira fase da campanha de vacinação é de 10 a 14 anos. O esquema vacinal consiste em duas doses com intervalo de três meses. O governo local também disponibiliza um hospital de campanha dedicado a atender pacientes com sintomas da doença com funcionamento 24 horas.
Em São Paulo, são 17 mortes por dengue desde o início do ano. Ao todo, segundo o governo federal, o número de óbitos pela doença chega a 135. Casos como o de uma idosa de 76 anos que morreu nesta quarta, 21, em Barra do Piraí, no Rio. Já o número de casos prováveis é de 715 665.
Nesta quarta, o governo federal anunciou que pretende implementar, a partir de março, um programa de mobilização contra a dengue nas escolas brasileiras para atingir 125 milhões de estudantes. O objetivo é disseminar informações sobre o combate ao mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão de arboviroses como dengue, chikunguna e zika.