Símbolo de riqueza, Dubai é um dos destinos preferidos na gestão Bolsonaro
Cidade nos Emirados Árabes Unidos é a quarta mais visitada pelo primeiro escalão do governo brasileiro, atrás apenas de Washington, Nova York e Lisboa
Conhecida por ser a cidade mais moderna e um dos principais símbolos de riqueza do mundo, a cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é um dos destinos preferidos da alta cúpula do governo Jair Bolsonaro. Desde o início da gestão, em janeiro de 2019, ministros já viajaram em treze oportunidades à cidade, o que deixa a cidade empatada em quarto lugar com Madrid (Espanha) e Genebra (Suíça) entre os locais mais visitados.
A quantidade de vezes que Dubai recebeu integrantes do alto escalão faz a cidade só ficar atrás das cidades americanas de Nova York e Washington (ambas com dezoito) e de Lisboa (quatorze). Os dados são do Painel de Viagens, plataforma mantida pelo Ministério da Economia para dar mais transparência aos gastos com viagens no governo federal.
Dubai também é a quarta cidade do mundo na qual os chefes dos ministérios mais gastaram com diárias e passagens áreas de viagens oficiais. Segundo o Painel de Viagens, o valor que saiu dos cofres públicos para bancar os compromissos internacionais foi de 76,1 mil reais, sendo 48,9 mil reais em diárias e 26,3 mil em passagens aéreas.
A cidade onde os ministros mais gastaram desde o início de 2019 foi Houston, nos Estados Unidos, com despesas que chegaram a 106,8 mil reais – a metrópole americana é seguida por Madrid (93,6 mil reais) e Abu Dabi (89,7 mil reais), que também fica nos Emirados Árabes Unidos.
Durante a Expo 2020, que é realizada este ano em Dubai desde o início de outubro, vários colegas, aliados e até os filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pegaram carona no evento e também viajaram aos Emirados Árabes Unidos. Levantamento feito por VEJA mostra que a comitiva presidencial teve 13 funcionários do Executivo.
No entanto, também estão acompanhando Bolsonaro os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Hélio Lopes (PSL)-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e até o vereador bolsonarista de Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PRTB). Outro que marcou presença na trupe bolsonarista é o ex-senador Magno Malta, que chegou a ser cogitado como vice de Bolsonaro nas eleições de 2018, mas hoje não ocupa nenhum cargo público.