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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Sudeste vê piora do nível de reservatórios e tem represa zerada há um mês

Volumes de água das principais bacias que abastecem a região continuaram caindo no último mês; índice do sistema de Furnas recua de 15,6% para 14,3%

Por Caíque Alencar 11 out 2021, 13h17

Com o país à beira de uma crise hídrica e energética, os principais reservatórios que abastecem as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram piora nos níveis de água em comparação com o mês passado, quando a situação já era crítica. Nas represas de Furnas, em Minas Gerais, onde VEJA esteve em setembro para mostrar como moradores da região enfrentam a falta d’água, o volume do reservatório está em 14,3% – há exatos 30 dias, esse percentual era de 15,6%. Furnas é o reservatório com o maior percentual do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, com capacidade hídrica de 17,2% do total de todas as bacias do subsistema.

Na bacia de Água Vermelha, que fica localizada entre os municípios de Ouroeste e Iturama e também faz parte Rio Grande junto com Furnas, os percentuais também não são animadores. Em 10 de setembro, o volume da represa estava em 13,4%, enquanto neste domingo, 10, ele chegou a 11,1%. Já a usina de Mascarenhas de Moraes também apresentou queda, com percentual de 16,6% no mês passado e 15,2% neste domingo. O sinal de alerta também aparece na bacia do Tietê, onde uma de suas represas, a de Três Irmãos, completou mais de mês com os reservatórios vazios – a última vez que ele teve água foi em 7 de setembro, com 5,8% da capacidade.

A situação crítica dos volumes de água chega ao seu limite no fim do período seco no Brasil, sendo que a época mais chuvosa no país costuma ocorrer entre os meses de outubro e março. Nos últimos anos, no entanto, os índices pluviométricos têm ficado muito abaixo do previsto, o que pressionou ainda mais os reservatórios. Diante desse cenário, uma nota técnica divulgada em agosto deste ano pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) aponta para possíveis déficits no fornecimento de energia em outubro e novembro — ou seja, risco de apagões.

Ainda no ano passado, o ONS em outro relatório o que chamou de “contexto hidrológico desfavorável”. Por conta disso, a estimativa é que há risco de ao menos três reservatórios ficarem sem água, os de Furnas, Água Vermelha e Marimbondo – este último está com percentual de 9,7% no volume de água, ante os 10,1% registrados há um mês. Nos últimos dias de setembro, no entanto, o percentual chegou na casa dos 7,5%. Se depender somente das chuvas, é bem provável que as previsões desfavoráveis do ONS se concretizem.

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