A data, que foi sequestrada pelo imbrochável, voltou a ser a celebração da independência do país. Assim deve ser. Entre o estímulo golpista, de ataque às instituições, o certo é acompanhar a Esquadrilha da Fumaça no céu e a união dos três poderes e das Forças Armadas no chão.
Foi rápido, pacífico e com sensação de alívio o 7 de Setembro deste ano. A segurança, no entanto, foi extremamente reforçada, maior do que a utilizada na posse presidencial. A Abin montou um esquema de monitoramento junto com as outras forças de segurança para que se evitasse qualquer indício do temor golpista do dia 8 de janeiro. Parece que aprenderam a lição.
A prisão e o julgamento de golpistas acenderam o alerta de que a barbárie não será tolerada. E mais: estímulo e conivência também foram e estão sendo investigados.
Bolsonaristas preferiram não aderir a protestos, até para esvaziar a comemoração. É sempre bom lembrar que, em 2021, o ex-presidente chegou a xingar o ministro do STF Alexandre de Moraes de canalha, pediu sua saída e disse que não cumpriria mais nenhuma decisão judicial de Moraes.
No ano seguinte, a data foi usada como palanque de campanha eleitoral, com direito ao famoso jargão do ex-capitão: o imbrochável. Fato que, aliás, virou alvo de mais uma ação contra Bolsonaro no TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação oficiais.
A meta do atual governo era: passar batido e mostrar união. Sendo assim, foi cumprida.