Uma foto da penitenciária federal de Mossoró (RN) mostra um buraco na parede da cela de um dos presos que fugiram do local na quarta-feira 14. Ali ficava uma luminária elétrica, que foi removida e a parede em volta, quebrada.
Segundo explicou o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na quinta 15, a luminária, em vez de estar protegida por uma laje de concreto, estava “apenas por um trabalho comum de alvenaria”.
“Quando os detentos conseguiram sair pela luminária, eles entraram no shaft, onde estão tubulações, fiações e máquinas e de lá conseguiram alcançar o teto. Não havia nenhuma laje, nenhuma grade, nenhum sistema de proteção”, afirmou o ministro.
Chegando do lado de fora, é provável que tenham usado um alicate para cortar as grades. A unidade estava passando por uma reforma interna e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos, segundo o ministro. “Eles usaram um alicate que certamente estava jogado no canteiro de obras, quando deveria estar trancado, como ocorre em outras reformas de presídios”, disse Lewandowski.
Além disso, algumas câmeras da prisão não estavam funcionando adequadamente. Lewandowski também apontou o fato de a fuga ter acontecido numa terça-feira de Carnaval quando “as pessoas eventualmente estavam mais relaxadas como costuma ocorrer neste momento”.
Deibson Cabral Nascimento, o “Chapa”, e Rogério da Silva Mendonça, conhecido como “Tatu” ou “Deisinho” estão sendo procurados por uma força-tarefa. Nesta sexta, os agentes encontraram um uniforme do presídio de Mossoró, além de pegadas, um lençol e uma camiseta em uma região de mata próxima à prisão.