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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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7 de Setembro: Lula não é mais o pior inimigo de Bolsonaro

Ato na paulista confirma que Moraes é hoje principal adversário da extrema-direita, maior até que o atual presidente

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2024, 19h12 - Publicado em 7 set 2024, 18h25

O ato de 7 de Setembro na Paulista organizado pelo bolsonarismo neste sábado comprovou que Lula não é mais o inimigo número 1 da extrema-direita. É o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que ocupa esse posto. 

O próprio líder da extrema-direita afirmou isso em entrevista para a repórter da VEJA, Laisa Dallagnol. Esse foi o principal mote do evento que, mesmo menos cheio do que eventos anteriores, manteve a relevância política em busca de uma inédita tentativa de impeachment de um ministro do STF.

Enquanto Silas Malafaia dizia que Alexandre de Moraes deveria ser preso, Bolsonaro voltou a questionar as urnas eletrônicas, apontando que só foi eleito por conta de um erro no sistema em 2018, que deveria dar a vitória para Fernando Haddad.

Depois, fez a narrativa de que a eleição de 2022 foi “toreada” pelo ministro do STF para derrotá-lo. E ajudou na construção do segundo tema da manifestação, escanteado pelo ódio por Moraes, de uma anistia do Congresso aos vândalos golpistas do 8 de Janeiro, que destruíram a Praça dos Três Poderes. 

Ele fez coro iniciado pelo governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, responsável pelo tópico quando o evento já acontecia por uma hora e meia.

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Brasília inteira sabe que isso é o pano de fundo para manter a massa de extrema-direita unida enquanto ele sonha com uma anulação de sua inelegibilidade que ainda não está no horizonte.Bolsonaro ainda pediu que os poderes coloquem um freio em Moraes, o que é impossível diante do prestígio que o magistrado detém com os colegas de toga da corte.

Bolsonaro candidato 

Bolsonaro teve ainda uma postura de candidato, mesmo estando inelegível. 

O risco de uma manifestação liderada pelo ex-presidente no 7 de setembro contra ministros do Supremo, ou querendo apropriar-se dos símbolos da festa da independência, são muito menores agora. Ele é ex-presidente. Não é mais o comandante em chefe das Forças Armadas, não tem mais a estrutura do poder, não está no comando da máquina do Estado. 

O político extremista é apenas uma pessoa inelegível defendendo seu grupo político no meio de uma eleição municipal que ele está perdendo.

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E por que está perdendo? 

Porque no Rio de Janeiro, seu grande reduto, o candidato que ele tirou do bolso – seu ex-segurança, amigo dos filhos e homem de confiança na Abin – está levando uma surra. Alexandre Ramagem, por enquanto, tem perdido no local onde Bolsonaro fez toda a sua carreira política.                                                                                

Em São Paulo, o ex-presidente está tendo que se adaptar ao movimento do eleitorado. Já chegou a dizer que Ricardo Nunes não era o candidato ideal. Depois foi agredido, assim  como outros integrantes da família por Pablo Marçal, e teve que recuar. 

Com esse constrangimento, e com o oportunismo de Marçal ao aparecer no fim do ato, o líder da extrema-direita mostra que está com o pé em duas canoas, sendo que nenhuma delas ele pode dizer que construiu.

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