Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Imagem Blog

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

A nova vergonha de um general brasileiro ao lado de Bolsonaro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 Maio 2022, 10h11 - Publicado em 12 Maio 2022, 15h23

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, general da ativa do Exército, envergonhou as Forças Armadas nesta quarta, 11, ao participar de um ato político – a 48ª Edição da Expoingá, em Maringá – ao lado do presidente, Jair Bolsonaro. Isso porque, ele, o presidente, mais uma vez tentou ferir a democracia brasileira.

A exposição é tradicional – uma feira agropecuária, industrial e comercial no interior do Paraná, a 460 quilômetros de Curitiba – e não tem nada com isso. Mas Bolsonaro, no seu ideário de vida golpista, transformou o evento num ato contra outros poderes – no caso, a Justiça Eleitoral.

“Somente os ditadores temem o povo armado. Eu quero que todo cidadão de bem possua sua arma de fogo para resistir, se for o caso, à tentação de um ditador de plantão”, afirmou o presidente, antes de colocar em dúvida novamente a idoneidade do sistema eleitoral, dizendo que “sabe o que está em jogo” e que seu governo não aceita provocações.

Estamos nos acostumando como país a ouvir os impropérios do presidente contra o estado de direito, mas não podemos aceitar que o ministro da Defesa – um general do Exército da ativa – participe de um evento que virou uma mancha na democracia.

O presidente afirmou não temer o resultado de “eleições limpas”. “Nós queremos eleições transparentes, com a grande maioria, ou diria a totalidade do seu povo”, disse, como se o sistema eleitoral, a Justiça e as urnas fizessem parte de um complô para tirá-lo do poder – complô esse que a imprensa, segundo ele, também faz parte.

Continua após a publicidade

Bolsonaro sabia da importância e do significado de estar com um general da ativa ao seu lado: “Tenho presente comigo o atual ministro da Defesa, general Paulo Sérgio, e o meu último ministro da Defesa, o general Braga Netto, que bem sabem a importância que uma nação bem armada é uma forma de evitar qualquer interesse externo sobre a sua pátria”.

O presidente também fez questão de dizer que essas armas que ele tanto defende nas mãos de civis poderiam ajudar o Exército, a Marinha e a Aeronáutica a lutar contra o comunismo. O papo parece ser de um lunático, mas não é. Trata-se de uma estratégia política baixa usada pela extrema-direita ao redor do mundo.

O problema já extrapolou o governo do atual presidente extremista e chegou na caserna, mais precisamente nos quartéis. Isso, à medida que os generais da mais alta patente se deixam usar politicamente desta forma, manchando a imagem de instituições de Estado que, desde 1985, ao final da ditadura militar, se afastaram corretamente da política partidária.

Outros generais já se deixaram usar assim, como Eduardo Pazuello, Luiz Eduardo Ramos e Fernando Azevedo e Silva. Contei na coluna há quase dois anos. Agora, a vergonha está com Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o novo general que se deixa pintar, usando as Forças Armadas brasileiras, por um lado político da polarização que divide o país.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.