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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A pena irrisória do coronel que xingou generais por golpe no 8 de Janeiro

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 19h54 - Publicado em 23 nov 2023, 13h14

Presente na Praça dos Três Poderes nos atos golpistas de 8 de Janeiro, o coronel Adriano Testoni foi condenado pela Justiça Militar a apenas 48 dias de detenção por injúria contra as Forças Armadas.

Completamente descontrolado ao lado da mulher, o coronel postou um vídeo nas redes sociais no qual xinga alguns generais de sua turma de origem no Exército de “filhos da p*”, “covardes” e “merdas”, assim como toda a cúpula da força.

“Forças Armadas filhas da p…, bando de generais filhos da p…, vanguardeiros de merda. Covardes. Olha o que está acontecendo com a gente. Freire Gomes (ex-comandante do Exército), filho da p… Alto Comando do c… Vão tudo tomar no c…”, grita o coronel nas imagens, irritado com o fato de as Forças Armadas não apoiarem um golpe de Estado.

Testoni trabalhava como assessor da Divisão de Coordenação Administrativa e Financeira do Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e acabou exonerado do cargo. 

Segundo a denúncia, coronel também xingou seus superiores hierárquicos, os generais Carlos Duarte Pontual de Lemos, Cristiano Pinto Sampaio e Pedro Celso Coelho Montenegro, em outros dois vídeos enviados em grupos de WhatsApp.  

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Testoni acabou sendo julgado apenas pela Justiça Militar porque as investigações sobre o 8 de janeiro não conseguiram comprovar sua participação nas depredações das sedes dos poderes da República. 

Por isso, o caso dele não está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal como outros mais de mil golpistas que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro. 

Pelos xingamentos, Adriano Testoni poderia ter uma pena de até 6 meses, mas ficará apenas 48 dias detido em quartel. Quem conhece o dia a dia dessas detenções sabe que não é bem uma prisão. 

O coronel que xingou seus superiores em meio ao “dia da infâmia” já estará livre pelas ruas de Brasília.

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