A final da Copa do Brasil levou Lula e Jair Bolsonaro a mostrarem faces diferentes sobre a política nesta semana. O ex-presidente mostrou que até eleição pode ter limites, e, antes mesmo do jogo, mostrou que tinha um lado. Jair Bolsonaro, que vem sendo papagaio de pirata de todos os times que despontam como campeões, mais uma vez quis aparecer.
O petista, que é corintiano convicto, afirmou que o Corinthians ia “massacrar o Flamengo”. A entrevista foi dada um dia antes da final, mesmo que sua declaração gerasse desconforto entre torcedores da maior torcida do Brasil.
Na manhã do mesmo dia, Bolsonaro, que é palmeirense e diz ter preferência pelo Botafogo no Rio, aproveitou um comício no estado fluminense para saudar quem? A plateia flamenguista. “Na final da Copa do Brasil, nós seremos Flamengo”.
É o avesso do avesso. E o que se chamava antigamente de vira-casaca.
Flamengo e Palmeiras se digladiaram nos últimos anos no futebol brasileiro, disputando título a título, com uma rivalidade que só não cresceu mais que a polarização entre o PT e o bolsonarismo no Brasil.
Ainda assim, o líder da extrema-direita manteve sua política de tentar ser o que não é. Como bem lembrou Veja Gente, o presidente veste a camisa de diversos clubes brasileiros somente para aparecer.
Lula viu a socióloga Janja, sua mulher, dando aquela zoada carinhosa após o Flamengo ser campeão da Copa do Brasil contra o Corinthians. “Desculpa Amor!!! É Mengoooooooo”
É do jogo. É do futebol. Seja a vitória ou a derrota. Seja a zoeira, quando o time de um vence o do outro.
Já Bolsonaro, bem, esse não tem limites nunca. Como flamenguista que sofreu no estádio ao lado do filho chorando após a ultima cobrança de pênalti de Rodinei, posso dizer: não entre em festa alheia, Bolsonaro. Deixa a nossa alegria com os donos da festa.
Seu time é o Palmeiras, que, neste ano, não chegou à final da Copa do Brasil.