Esta terça-feira, 9, ficará marcada para sempre como um dos dias mais vitoriosos do governo Jair Bolsonaro. O presidente viu a PEC dos Precatórios ser aprovada na Câmara, em segundo turno, e o seu filho Zero Um, Flávio Bolsonaro, obter vitória importantíssima no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Enquanto a PEC dos Precatórios é uma espécie de bóia de salvação da gestão Bolsonaro, porque cria o Auxílio Brasil, substituindo o Bolsa Família, o Zero Um obteve, com placar folgado, a decisão que anula todas as sentenças de primeira instância no caso das rachadinhas.
Há uma nova força eleitoral para Bolsonaro com a criação de um programa social como o Auxílio Brasil. A extrema direita populista, com a ajuda de Arthur Lira, terá um pacote novo para vender em 2022, e de quebra poderá tripudiar do caso de corrupção na família, alegando inocência.
Enquanto a terceira via ainda não apresentou um candidato competitivo e Lula lidera com folga as pesquisas, Bolsonaro pavimentou, de forma espantosa, um caminho para se vender para a próxima eleição, com o seu programa social e com o caso do seu filho começando do zero no Rio de Janeiro.
Na verdade, o clã só teve uma derrota ontem: o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou o orçamento secreto. Para comprar apoio no Congresso, o governo terá que inventar outro expediente. Mas, do jeito que eles estão, acharão um jeito.
É triste, mas é a verdade. Esse governo caótico, o pior já instalado no Brasil e que, entre muitos retrocessos, gerou tantas mortes na pandemia, começou a se mexer de forma mais organizada para o ano que vem. Bom para o clã Bolsonaro, mas péssimo para o país.