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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Com histórico controverso, PL comemora filiação de jovens em Brasília

Sigla de Flávia Arruda, ministra do governo Bolsonaro e esposa do ex-governador do Distrito Federal, filiou 350 jovens em um só dia no Distrito Federal

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 set 2021, 18h40

O Partido Liberal (PL), geralmente associado ao conservadorismo, filiou 350 jovens no Distrito Federal no último sábado, 18,  numa ação que poderia ser seguida pelos outros partidos, de esquerda ou direita, para popularizar a participação da população nos assuntos importantes do país. A sigla, agora, proclama ter a “maior juventude partidária” na capital federal.

“É muito importante ter essa renovação, fico honrada que esses jovens tenham escolhido o nosso partido”, afirma Flávia Arruda, ministra-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e presidente do PL no Distrito Federal. Ela é esposa do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

O presidente do “PL Jovem” e coordenador do evento que resultou nas novas filiações é o ex-subsecretário de Esportes do Distrito Federal Wesley Wenisgton, que se apresenta como “empresário e cristão”. Ele nega ter como objetivo o aumento numérico de correligionários. “Não estivemos preocupados com quantidade, só com qualidade, com jovens que queiram atuar ativamente na construção política e agregar na melhoria de vida das pessoas”, afirma o político.

O nome do PL remete ao antigo e já extinto Partido Liberal, criado em 1985 por Álvaro Valle, político oriundo da Arena, partido de sustentação à ditadura militar. A sigla acabou em 2006 com sua fusão ao Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona), legenda de extrema direita liderada por Enéas Carneiro. A operação originou o Partido da República (PR), que integrou a base dos governos de Lula e de Dilma Rousseff e um dos principais protagonistas do mensalão.

Valdemar Costa Neto, presidente do partido, foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do mensalão e acabou preso em 2012. Saiu da prisão por ter recebido um indulto. Hoje, ele segue à frente da sigla, que voltou a se chamar PL em 2019, num esforço de “renovação”. Agora, vê sua ala jovem aumentar.

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