Como já era de se esperar, o presidente Jair Bolsonaro começou a dar vexames durante sua viagem à Rússia. Além de decidir manter a viagem em meio ao clima de tensão entre a Rússia e a Ucrânia, Bolsonaro deu a entender que o Brasil tem um lado nessa história, um erro diplomático grave que pode nos colocar em situação delicada.
“Estou muito feliz e honrado por este convite. Somos solidários à Rússia. Queremos muito colaborar em várias áreas, defesa, petróleo e gás, agricultura, e as reuniões estão acontecendo”.
A fala de Bolsonaro sobre sermos “solidários à Rússia” pode ser interpretada como um recado de que o Brasil está ao lado dos russos e, portanto, a favor de uma possível invasão à Ucrânia.
Tradicionalmente, o Brasil é conhecido por adotar sempre uma postura de pacificação e de diálogo quando há atritos entre outros países. Com a declaração de hoje, Bolsonaro pode estar mudando a rota que temos adotado há anos, uma decisão equivocada e inconsequente.
O caminho natural para o Brasil em casos como esse é promover a paz.
Enquanto bolsonaristas tentam colar no presidente a imagem de que ele foi o responsável pelo recuo da Rússia, o próprio Bolsonaro mostra que não sabe o que está dizendo e pode criar um mal estar internacional.
Pior: em determinado momento o próprio Bolsonaro deu a entender que poderia ter sido ele o responsável pela diminuição da tensão entre Rússia e Ucrânia.
“Mantivemos a nossa agenda. Por coincidência, ou não, parte das tropas deixou a fronteira”, disse o presidente, que reforçou que a sua missão na região é de “paz”. Foi só coincidência, Bolsonaro.