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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Lula, Moro e uma grande oportunidade perdida

Ou... Por que o petista deveria assinar um manifesto junto com Moro

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 mar 2022, 17h51 - Publicado em 2 mar 2022, 13h27

Pode parecer estranho o ex-presidente Lula assinar um manifesto com a chamada terceira via brasileira, condenando a invasão russa na Ucrânia. E é sim de causar estranheza, se pensarmos na pequenez da polarizada política brasileira.

Mas, em momentos históricos como os de guerra, seria uma sinalização importante e grandiosa do petista.

Se Lula tivesse assinado o bem elaborado texto de Felipe d’Ávila, João Doria, Simone Tebet, Sergio Moro contra a Rússia, a carta deixaria, obviamente, de ser apenas dos candidatos de centro do Brasil em favor da paz, mas de todos que discordam da guerra e de quem? Jair Bolsonaro, o presidente brasileiro que claramente é pró-Rússia.

Isolar Bolsonaro e a extrema direita talvez seja o mais importante movimento político brasileiro desde o fim da ditadura militar. E este momento, quando a Rússia invade a Ucrânia, trouxe uma oportunidade para isso.

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“Nós, pré-candidatos à presidência da República, tornamos público o nosso repúdio à invasão da Ucrânia e oferecemos a nossa solidariedade. Pedimos ao governo brasileiro que se posicione, unindo-se às nações que defendem a soberania da Ucrânia e a solução pacífica do conflito”, afirmaram, unidos em missiva, D’Ávila, Doria, Tebet e Moro.

É compreensível o desconforto de Lula em assinar um documento também rubricado pelo ex-juiz da Vara de Curitiba que o condenou injustamente, especialmente por ter um viés político. Mas o PT precisa deixar mais claro seu posicionamento, quando um país como a Ucrânia está sendo agredido de forma violenta.

Na verdade, existem divisões na esquerda, inclusive no PT, que aceitam aquele absurdo pensamento de que a Rússia é o contraponto, o adversário do “imperialismo norte-americano”. A esquerda ultrapassada vê assim.

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Ocorre que a Rússia não é mais nada disso. É um país agressivo, expansionista e cruel como o mundo está testemunhando.

Por isso, em muitos países começou-se um movimento acima das divisões ideológicas, contra a Rússia e a favor da Ucrânia. Adversários políticos ferrenhos se uniram contra Vladimir Putin.

Mas, no Brasil, não. Lula não assinará nenhum manifesto que seja rubricado também por Moro. Ele e Moro vão ficar sempre em pontos contrários. Nem uma guerra sanguinária em meio à pandemia mais violenta nos últimos 100 anos fará políticos brasileiros abraçarem valores universais.

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