Nova pesquisa entrega bomba para Boulos, Nunes e Datena. E agora?
Talvez seja a hora de enfrentar o problema de frente...
Os números da nova pesquisa Atlas Intel confirmaram que a fuga do debate VEJA pelo prefeito Ricardo Nunes, o deputado Guilherme Boulos e o apresentador José Luiz Datena foi um erro estratégico grave.
Aliás, cadeira vazia quando o assunto é debate eleitoral e a disputa por voto nunca é a solução, mesmo que ela seja motivada pela participação de um candidato que não segue a forma convencional da política.
Jair Bolsonaro não era enfrentado nos seus muitos absurdos quando era deputado federal e deu no que deu. Virou presidente e tentou destruir a democracia brasileira.
A democracia exige o enfrentamento através do diálogo, mesmo que a situação seja a de um político fingindo ser fora do sistema ou um ex-coach que resolveu ser o lacrador das redes nas eleições.
Enfrentar não é entrar no jogo dele e sim mostrar que ele é esse fenômeno oco. Não tem programa, não tem ideia, mas vira esse fenômeno porque sabe lacrar nas redes sociais. Do contrário, como já disse na coluna, Marçal ganhará por WO.
Atlas Intel cobriu temporalmente não só o debate VEJA, mas também a forma com que alguns candidatos perderam a cabeça diante das provocações de Marçal, caso de Guilherme Boulos.
A pesquisa mostrou queda de Guilherme Boulos e Ricardo Nunes, estagnação de Datena e a ascensão de Pablo Marçal e de Tabata Amaral na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Na última rodada Boulos tinha 33% das intenções de voto. Agora, tem 28,5%. Nunes tinha 25% e neste momento está com 21,8% das intenções de voto. Datena saiu de 9% para 9,5%.
Tabata Amaral que não enfrentou Marçal da forma correta – ou seja, no campo das ideias – foi de 11% para 12%. Já Marçal saiu de 11% para 16,3% na rodada atual.
Fuga – ainda mais com acerto conjunto, caso do debate VEJA – ou irritação ao lidar com um aventureiro lacrador na política só pode gerar uma reação do eleitor…