Mesmo colocando Lula com uma vantagem que pode estar entre 11 e três pontos percentuais sobre Jair Bolsonaro na largada do segundo turno, a nova rodada da pesquisa Quaest – segundo instituto a divulgar levantamentos após o 2 de outubro – traz algumas boas notícias para o líder da extrema-direita brasileira, surpreendentemente.
Vamos a elas, segundo a Quaest:
1 – “Entre os eleitores que votaram em Ciro Gomes no primeiro turno, 39% pretendem votar em Lula, enquanto 26% pretendem votar em Bolsonaro. Entre os eleitores que votaram em Simone Tebet, 34% pretendem votar em Bolsonaro e 25% pretendem votar em Lula”.
(Lembrando que Ciro teve 3,5 milhões de votos e Simone, 4,9 milhões)
2 – “Cresceu de 44% para 50% o percentual de eleitores que acreditam que Bolsonaro merece uma segunda chance como presidente, enquanto caiu de 54% para 48% quem acha que Bolsonaro não merece uma segunda chance”.
3 – “Caiu de 54% para 51% o percentual que acredita que Lula merece uma segunda chance. E variou de 44% para 46% quem afirma que Lula não merece uma segunda chance”.
4 – “Aumentou de 34% para 45% os eleitores de Bolsonaro que justificam o voto nele como forma de não deixar o PT voltar ao governo”.
5 – “A rejeição de Bolsonaro caiu de 55% para 50%, enquanto a de Lula oscilou na margem de erro, passando de 44% para 41%”.
Com exceção da última, a rejeição que tanto atrapalha a tentativa do atual presidente de se reeleger, todas as outras são boas notícias para o mandatário, já que a percepção sobre o governo melhorou – mesmo com todos os absurdos erros cometidos na pandemia – e o antipetismo pode estar crescendo.
“São ótimas [notícias para Bolsonaro]. Tem espaço para ele crescer”, afirmou Felipe Nunes, cientista política responsável pelo levantamento, à coluna.
A Quaest fez parte do grupo de pesquisa que se equivocou em relação ao resultado do dia 2 de outubro. No caso do instituto, o erro foi de cinco pontos percentuais a menos em relação aos votos que Jair Bolsonaro realmente teve nas urnas. A Quaest, contudo, acertou (quase) na mosca os votos de Lula.