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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog

O golpe de Mauro Cid que não equivale ao pão de Jean Valjean

Na tentativa de evitar a expulsão do Exército, ex-ajudante de Bolsonaro recorre a uma metáfora que não resiste à realidade dos autos

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2025, 20h13 - Publicado em 30 jul 2025, 20h11

As últimas palavras da defesa de Mauro Cid no caso da tentativa de golpe de Estado, apesar da aparência de enfrentamento jurídico, soam como um apelo à sobrevivência, por meio das quais o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro tenta suavizar a própria culpa.

A ênfase no pedido para que a eventual pena não ultrapasse dois anos não é despropositada, afinal, reclusão maior poderá levá-lo à expulsão do Exército – e, por consequência, à necessidade de arrumar um emprego.

Cid quer salvar o que resta de sua trajetória militar e precisa convencer os ministros do STF de que colaborou de maneira válida e útil ao processo – motivo pelo qual faria jus à clemência.

A Procuradoria-Geral da República, porém, resiste aos benefícios, pois o colaborador, além de mentir, teria mudado de versões, agido para obstruir o processo e quebrado cláusulas do acordo.

A argumentação da defesa recorre a um tom dramático, com um paralelo entre Mauro Cid e Jean Valjean – o protagonista de “Os Miseráveis”, de Victor Hugo.

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Não poderia haver pior metáfora: Jean Valjean roubou pão para alimentar a família; Mauro Cid, pelo contrário, sabujo e pusilânime, transgrediu para viabilizar os crimes do chefe, como uma peça-chave na engrenagem golpista que tentou desestabilizar a democracia brasileira.

Se há algo que une o personagem fictício ao da vida real é a busca da redenção. No romance, esta surge como consequência da virtude. No Brasil de 2025, todavia, a tal liberdade parece depender mais do cálculo político do que do arrependimento genuíno ou da comprovação da inocência.

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