Helder Barbalho é hoje um dos governadores mais próximos de Lula.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, o governador do Pará sentou em lugar de destaque no Palácio do Planalto, ao lado do próprio presidente, de Janja, de Geraldo Alckmin e de Marina Silva.
Era o ápice do prestígio de Helder Barbalho na presidência da República após o anúncio de que a COP-30 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima – será realizada no Pará.
Pois bem.
Nesta segunda, 12, foi anunciado que o Pará liderou o ranking de destruição dos biomas brasileiros com 22,2% da área desmatada no país em 2022.
Ora, esta coluna lembrou – ainda em maio – que a grande vitória de sediar uma COP traz também enorme peso para o governo federal e estadual até 2025.
A cidade-sede Belém, por exemplo, será olhada com lupa pela Conferência e terá que combater mais e mais o desmatamento.
Não dá para o Estado continuar liderando os altos índices de derrubada de florestas enquanto recebe o mais importante evento do mundo na área do meio ambiente.
Lula ainda tem a desculpa de que, no ano passado, o presidente era Jair Bolsonaro. Helder Barbalho, não. Já exercia a função de governador do estado e acabou reeleito. Mas não – espera o Brasil – para passar vergonha perante o mundo.
O que diz o governo do Pará
“A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) informa que o Pará apresentou redução de 21% no desmatamento no período compreendido entre agosto de 2021 a julho de 2022, em comparação ao ciclo de agosto de 2020 a julho de 2021. A Secretaria destaca que utiliza os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A queda do desmatamento foi registrada pelo sistema de monitoramento da floresta amazônica- Prodes. A Semas também informa que atua fortemente para combater os ilícitos ambientais de forma permanente por meio da Operação Curupira, com três bases fixas instaladas em locais identificados onde há um maior índice de desmatamento, além da operação Amazônia Viva. Paralelamente às ações de ostensividade, a Semas está implantando o Plano Estadual de Bioeconomia a fim de gerar uma nova matriz socioeconômica no estado, construindo o Plano de Restauração Florestal, além da elaboração do seu Sistema Jurisdicional de Redd+ e o Pagamento por Serviços Ambientais.
O Governo do Pará pondera ainda que 70% da área do Estado é de jurisdição Federal e 30% do Estado, o que torna o desafio da gestão ambiental ainda maior, porém o Estado está aberto ao diálogo na busca por soluções comuns aos desafios da Amazônia. O Governo pontua que, com a abertura do diálogo com o atual governo federal, ações conjuntas já estão sendo planejadas e articuladas, o que permitirá melhores resultados no combate aos ilícitos ambientais no estado do Pará”.