Após o ato falho mais importante de sua vida e voltar a criar fatos para afastar os olhos do país para a crise econômica, Jair Bolsonaro fez mais um grave ato de provocação contra a Justiça Eleitoral – desta vez, pedindo uma apuração paralela dos votos no TSE pelos militares.
Trata-se de uma outra invenção do presidente da República. Segundo interlocutores do governo, trata-se do “novo” voto impresso – um novo chamariz que Bolsonaro criou com o mesmo objetivo de quando criticava incessantemente as urnas eletrônicas.
O presidente quer concentrar a atenção, tirar os olhos dos brasileiros da crise – crise, aliás, que ele mesmo provoca. A inflação a 12% é em grande parte provocada por ele, pelas rusgas institucionais que ele cria aqui e ali, elevando o dólar, e pela má gestão do país como um todo.
Neste novo empenho em tentar desviar a atenção – o Brasil deverá ter uma das maiores taxas de desemprego do mundo em 2022, segundo levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating -, Bolsonaro segue seu guru Donald Trump, que fazia o mesmo nos EUA enquanto governava.
Ao Brasil só resta torcer para que, ao final de quatro anos, o presidente brasileiro tenha o mesmo fim que o ex-presidente americano: uma derrota nas urnas de forma acachapante. E que, assim, a democracia vença mais uma vez.