Resolveram voltar a carga contra Alexandre de Moraes após as acertadas medidas do magistrado de mandar prender o secretário de Segurança do DF e mais de 1.500 bolsonaristas.
De novo, a tese é mentirosa.
Segundo os críticos de Moraes, o ministro é o responsável – por meio de um suposto ativismo judicial – por problemas que nasceram, na verdade, com a ascensão da extrema direita ao poder.
Nesta quarta, 11, até Marco Aurélio Mello, ministro aposentado do Supremo, afirmou que errou ao achar – à época da indicação de Moraes – que o colega de toga faria bem à Corte.
“Ele realmente não vem contribuindo para a paz social. Não vou tecer considerações maiores, e olha que o conheço há muitos anos”, afirmou o ressentido Marco Aurélio.
No papel de presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes foi fundamental para a manutenção da democracia brasileira.
Como ministro do STF, foi igualmente importante ao avançar nas investigações contra os antidemocratas bolsonaristas que têm levado o país ao caos político e institucional.
A extrema direita – e sua visão de mundo, que fere valores universais e pactos republicanos – só será vencida nos tempos atuais com a firmeza do Judiciário. Não à toa, Alexandre de Moraes tem vivido um tempo de prestígio único para um magistrado na capital da República.
Alexandre de Moraes não tem muita esperança de que isso se mantenha e sabe, como mostrou a coluna, que este momento é passageiro. Mas, ao contrário do que disse Marco Aurélio, ele tem feito muito pela paz.
Não fosse sua atuação firme, certamente as fake news teriam vencido mais uma eleição e Bolsonaro seguiria seu plano conhecido de destruição das instituições, corroendo a democracia por dentro.
Fora do poder, o ex-presidente se mantém como um hospedeiro dos golpistas que aterrorizaram e atormentaram o país no dia 8 de janeiro. Mas com Alexandre de Moraes no seu encalço.