O comandante do Exército, Tomás Miguel Ribeiro Paiva, tem acertado bem mais do que errado.
Aliás, qual o verdadeiro erro do general?
Talvez hoje – apenas -, quando a instituição que ele dirige completa 375 anos.
Na Ordem do Dia, lida na frente do presidente Lula, Tomás Paiva afirmou que o Exército é uma “Instituição de Estado” “apolítica, apartidária, imparcial e coesa”.
Não exagera, general.
O país acaba de testemunhar um governo que usou a força armada como braço ideológico, partidário, parcial e em desarmonia.
Ferindo os valores da República, o Exército se aliou a Jair Bolsonaro e à extrema-direita nacionalista, autoritária e anticomunista.
Deu no que deu.
Mais uma mancha na história dessa instituição que, se contarmos apenas da proclamação da República até hoje, conspiraram e rasgaram seus valores diversas vezes.
Em 1904, em 1922, em 1924, em 1937, em 1945, em 1955, além do pior capítulo – Golpe de 1964 – e o ano de 2018, com o tuíte daquele outro comandante do Exército.
Seria bom para Tomás Miguel Ribeiro Paiva – que tem colocado ordem na casa (ou caserna, é preciso admitir) – encarar toda a realidade.
Assim, o general poderá enfrentar também os outros problemas do “Exército Imortal de Caxias”. Seria bom para ele, e ainda mais especial para o Brasil.