O presidente Joe Biden marcou um tento nesta quinta, 7, ao afastar parte dos temores que cercam sua candidatura.
Ao falar no “Estado da União” diante do Congresso – tradicional abertura dos trabalhos do legislativo daquele país – Biden mostrou voz forte, atitude afirmativa e vigorosa. Confrontou os “trumpistas” com uma atitude de candidato.
O plenário era o retrato da polarização e mostrava que já estava tomado pela campanha.
Quem acompanhou não deixou de perceber que o presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, fazia caretas, enquanto a presidente do Senado, Kamala Harris, vice-presidente, aplaudia fortemente.
Ainda há muito chão pela frente, para Biden e para Trump, mas esta será de novo uma eleição a ser realizada sob os olhos do mundo porque muita coisa estará em jogo. Bem mais do que os quatro próximos anos dos Estados Unidos.
Trump, ícone da extrema-direita, avança apesar de todos os processos e de todos os indícios de que ele conspirou no exercício do mandato para reverter o resultado de uma eleição legítima.
Até mesmo com o grave evento da invasão do Capitólio que ele, explicitamente, incentivou.
A extrema-direita no Brasil – a fonte mais fiel de Jair Bolsonaro – olha a eleição americana como se fosse a antevéspera do retorno do ex-presidente.
Mas aqui a Justiça foi mais rápida, tornando inelegível o político que conspirou para um golpe de estado.
Por isso, agora a extrema-direita quer tanto a anistia para os criminosos golpistas do 8 de Janeiro. É para que, depois, se discuta a volta dos direitos políticos do ex-presidente brasileiro.