Se a Proclamação da República, feita em novembro de 1889 por um militar monarquista e adoentado, era a conclusão inevitável do processo de Independência do Brasil, detonado em 1822 pelo herdeiro da coroa real portuguesa, não era, por outro lado, o ponto final do projeto de construção nacional. Essa é, em resumo, a leitura feita pelo jornalista paranaense Laurentino Gomes, que lança agora 1889 (Globo Livros, 416 páginas, 44,90 reais), última parte da trilogia sobre as datas que marcaram o Brasil no século XIX, iniciada com 1808 e 1822. Como os dois primeiros livros, que conquistaram dois prêmios Jabuti de Não-Ficção e venderam juntos, aqui e em Portugal, cerca de 1,5 milhão de exemplares, a expectativa para este é alta. 1889 chegou às lojas nesta semana com tiragem inicial de 200.000 exemplares.