Mais comercial que a Flip, Bienal do Livro de SP terá vampirismo e atores da Globo
Clarice será um dos eixos da Bienal em 2010, quando completaria 90 anos (foto de Claudia Andujar, 1961, usada na capa de ‘Clarice,’ biografia do americano Benjamin Moser editada no país pela Cosac Naify) Vampirismo, leituras de atores globais, literatura africana de língua portuguesa, Clarice Lispector, livro digital e literatura infantil estão entre os componentes […]
Vampirismo, leituras de atores globais, literatura africana de língua portuguesa, Clarice Lispector, livro digital e literatura infantil estão entre os componentes da eclética programação 21ª Bienal do Livro de São Paulo, que começa nesta quinta-feira. Com um viés mais pop e orçamento reforçado em 2010 (o investimento de 30 milhões é 35% maior que o da última edição), o evento reafirma seu caráter de grande feira da literatura – diferentemente da recém-realizada Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), por exemplo.
“A Bienal tem um aspecto comercial bastante relevante. E sem dúvida a programação diversificada é uma tentativa de atrair público”, reconhece Eduardo Mendes, diretor-executivo da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que em seguida relativiza a questão. “Mas não nos preocupamos em ampliar o número de visitantes de 2008, quando passaram pelo evento cerca de 700.000 pessoas. O nosso objetivo é qualitativo.” De acordo com Mendes, a Bienal terá quatro eixos principais: um sobre Clarice, outro sobre o livro digital, um terceiro a respeito de Monteiro Lobato (e a literatura infatil) e o último sobre a lusofonia (a relação entre países de língua portuguesa).
Entre os autores “vamp” convidados do evento, estão o brasileiro André Vianco, autor do hit Os Sete, e o canadense Dacre Stoker, que em parceria com Ian Holt escreveu Drácula – o Morto Vivo, uma continuação a obra de seu tio-bisavô, Bram Stoker. Também na linha dos best-sellers, estão os estrangeiros John Boyne (O Menino do Pijama Listrado), e Jostein Gaarder (O Mundo de Sofia), e os brasileiros Thalita Rebouças e Roberto Shinyashiki.
Entre os autores de livros infantis, figuram os bem-sucedidos Ruth Rocha, Pedro Bandeira, Ziraldo e Maurício de Souza. E, no elenco global que participará do palco literário, estarão Regina Duarte, Sergio Marone e Nívea Stelmann.
Haverá ainda autores consagrados, como os brasileiros Lygia Fagundes Telles, Laurentino Gomes e Milton Hatoum e os africanos Mia Couto e José Eduardo Agualusa. A proximidade com a Flip, que neste ano passou de julho a agosto por causa da Copa do Mundo, ajudou a Bienal a reforçar a programação com a iraniana Azar Nafisi e o americano Benjamin Moser, autor de Clarice, (Cosac Naify), biografia de Clarice Lispector, que em 2010 completaria 90 anos.
A Bienal do Livro terá em exposição mais de 2,2 milhões de livros, de 220.000 títulos – dos quais 4.200 lançamentos. Serão 40 mesas no Salão de Ideias. O evento acontece de 12 a 22 de agosto no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Clique aqui para conferir a programação completa.
Maria Carolina Maia