Rubem Fonseca e Lira Neto estão entre os vencedores do Jabuti

Lira Neto, autor de ‘Getúlio – Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo (1930-1945)’

O Prêmio Jabuti anunciou na tarde desta quinta-feira os três primeiros colocados das 27 categorias de sua premiação anual. Entre os vencedores estão Bernardo Carvalho (romance, com Reprodução), Rubem Fonseca (conto, por Amálgama), Lira Neto (biografia, Getúlio – Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo 1930-1945), Laurentino Gomes (reportagem, 1889), Marina Colasanti (infantil, com Breve História de um Pequeno Amor), Meire de Oliveira (ilustração, por BRASIL – Imagens sob a Ótica da Artista Meire de Oliveira) e Ricardo Azevedo (juvenil, com Fragosas Brenhas do Mataréu). O Jabuti é a mais completa premiação do mercado editorial brasileiro, e reconhece obras de diferentes gêneros — do romance à economia — e as diversas etapas de produção de um livro — da tradução à capa.

Nesta 56ª edição, foram inscritos 2.240 livros publicados em 2013. O primeiro colocado em cada categoria ganha 3.500 reais e um troféu. Os outros dois ganham apenas o troféu. A cerimônia de premiação será no dia 18 de novembro, no Auditório do Ibirapuera, quando serão revelados os vencedores do Livro do Ano Ficção e Livro do Ano Não Ficção, que paga mais 35.000 reais para cada um.

Depois do famoso caso do jurado C, que em 2012 acabou escolhendo, sozinho, o romancista vencedor ao atribuir nota 0 a todos os outros romances, a comissão organizadora mudou o regulamento. Desde então, os jurados só podem atribuir notas 8, 9 ou 10 às obras. Este ano, no entanto, houve nova tentativa de manipulação, na categoria conto e crônica. O jurado B deu 8, a nota mínima, a Rubem Fonseca, Luiz Vilela, Milton Hatoum e Antonio Prata, 10 para João Vereza e seu Noveletas, que já ganhou o Prêmio Sesc, e entre 8 e 9 aos demais candidatos. A tentativa foi frustrada, já que ele não conseguiu tirar seus preteridos do páreo. Fonseca ficou em primeiro lugar, Vilela em segundo e Prata e Hatoum dividiram o terceiro lugar.

Na categoria Arte e Fotografia, que, por causa de empate, contava com 20 finalistas, um dos jurados resolveu descartar dez obras e concentrar seus votos nas dez que ele considerava principais. A comissão julgadora também optou por dar 8 para as obras que foram excluídas pelo jurado. O mesmo ocorreu em Economia, Administração e Negócios, que contava com onze finalistas.

(Com Estadão Conteúdo)

• Laurentino Gomes