Cinco destinos para evitar em 2018
Reformas, crises políticas e sociais e excesso de nós, turistas, são alguns dos motivos que justificam a escolha de outros destinos para conhecer neste ano
Que o mundo está cheio de lugares incríveis para conhecermos, não há dúvidas.
Tendo tempo, dinheiro e disposição para viajar, a lista de destinos é literalmente interminável. Há opções para todos os gostos, todos os bolsos e todos os tipos de viajantes.
Mas, infelizmente, há também lugares que devem, ou deveriam, ser evitados por nós nas nossas próximas férias.
Seja por conta de uma guerra que assola a região, por uma grande reforma que atrapalhará o turismo, problemas políticos ou sociais ou ainda o excesso de turistas, entre outros motivos, conheça cinco destinos para ser evitados neste ano que mal começou. Mas que esperamos poder em breve voltar a visitá-los, pois eles deveriam estar na lista de desejos de qualquer viajante!
Porque, como turistas conscientes que somos, não queremos viajar por viajar. E vamos combinar, opções de outros lugares para conhecer em 2018 não faltam!
1. Porto Rico
Esta ilha que mistura um pouquinho dos EUA com muito do Caribe poderia ser o destino perfeito para quem busca férias com muito sol, piña colada e diversão com suas praias de água azul -turquesa e seu centro histórico repleto de casas coloridas. Mas, desde que foi devastado pelos furacões Maria e Irma, no fim de setembro, Porto Rico ainda não se recuperou totalmente. Cerca de 40% da ilha ainda não recuperou a eletricidade, mesmo após mais de quatro meses da passagem dos furacões. Oficialmente, 64 pessoas morreram, mas segundo jornais como The New York Times e Washington Post, o número pode ter chegado a 1.000 mortos. Apesar de o turismo ajudar a economia da ilha, os porto-riquenhos têm outras prioridades no momento. Uma pena, porque a ilha é encantadora e o povo, muito alegre.
2. Mianmar
Um dos lugares mais interessantes que já visitei, Mianmar estava até pouco tempo na lista de desejos de muitos viajantes mundo afora não apenas por suas belezas naturais, mas também por seus templos exuberantes, por sua fauna diversificada e pelos belos festivais. Mas desde agosto passado a ONU classificou como uma possível “limpeza étnica” o que vem acontecendo no país com a minoria muçulmana rohingya. Estima-se que mais de 620.000 pessoas, entre elas milhares crianças, foram forçadas a deixar o país desde o início da violência no Estado de Rakhinena, na crise de refugiados que mais cresce no mundo, segundo as Nações Unidas. Ou seja, nenhum viajante consciente deveria querer visitar Mianmar neste momento. Infelizmente.
3. Taj Mahal
Não vou nem falar da poluição insalubre na Índia, especialmente na região de Delhi, de onde o Taj Mahal fica próximo. Por si só isso já seria um motivo para evitar ir para lá neste ano. Mas, para piorar, nos próximos meses terá início a primeira limpeza de seu domo principal desde que foi construído. O que isso significa? Que o belíssimo mausoléu ficará envolto por dezenas de andaimes e que o acesso a ele será ainda mais complicado. Desde 2015 o monumento está passando por uma limpeza profunda, mas agora chegou a hora de o domo receber o tratamento de beleza, que está sendo feito com uma pasta de lama para tirar a sujeira, em grande parte causada pela poluição. Os responsáveis estimam que o serviço demorará dez meses para ser completado _deve ter início em março.
4. Butão
Apesar de estar fora do circuito dos países mais visitados do mundo, aos poucos o Butão começou a atrair um enorme número de turistas interessados em conhecer um destino seguro, diferente, cheio de belos templos e cercado pelas montanhas do Himalaia. Mas o problema é que a quantidade de turistas tem superado as expectativas dos moradores locais, que temem que o ecossistema frágil da região seja impactado por tantos visitantes. Não por acaso o país cobra uma taxa diária bastante salgada para os turistas estrangeiros: US$ 200 ou US$ 250 por pessoa, dependendo da época do ano. Ou seja, melhor pensar bem antes de fazer as malas para o Butão.
5. Muralha da China
Assim como no caso do Taj Mahal, não vou nem citar a péssima e preocupante qualidade do ar em Pequim (ou na China de maneira geral) como motivo para evitar conhecer a Muralha da China em 2018. Mas mesmo que você tenha pulmões de aço, o fato é que esta construção gigantesca, considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, está em perigo. E o excesso de turistas só tende a piorar a situação. Apesar de já ter sobrevivido a quase dois milênios, a muralha tem sofrido com vandalismos (como o da foto acima), erosão, construções e até o uso indevido por fazendeiros de algumas regiões, que usam parte de sua estrutura como abrigo. No fim do ano passado, um grupo de seis pessoas foi pego fazendo uma fogueira em um trecho do muro, danificando os tijolos com o fogo.