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Mundo Agro

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De alimentos a energia renovável, análises sobre o agronegócio
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Quais são os tipos de distribuidores atacadistas e varejistas no agro? 

Da agroindústria até a sua casa: entenda os modelos especializados na distribuição de alimentos

Por Marcos Fava Neves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jun 2024, 16h50 - Publicado em 18 abr 2024, 19h05

A distribuição de alimentos – elo que também integra o agro – é uma atividade essencial para garantir que a produção agropecuária chegue à residência dos consumidores, de forma eficiente e segura. Considerando a amplitude geográfica, econômica, social e cultural do Brasil, o sistema de distribuição de alimentos é fundamental, sendo importante componente do setor de serviços. 

Imaginem o quão complexo é garantir a segurança e qualidade de produtos, desde que saem das propriedades até serem servidos em restaurantes nas grandes cidades. É preciso que as organizações estejam completamente integradas, que contem com tecnologias e inovações para logística e preservação dos produtos, bem como que sejam eficientes a ponto de atender a demanda de forma rápida, garantindo sua satisfação e captando suas informações.

Quem são estes “distribuidores”, como eles atuam e os principais modelos encontrados?. Na sequência, conheceremos dezesseis (16) formatos, segmentados em cinco grupos (A – E), conforme o porte.

  1. Distribuição em grande escala: essa categoria contempla distribuidores que vendem produtos em altas quantidades, geralmente para empresas e revendedores, com preços mais competitivos quando comparados aos varejistas tradicionais. Aqui encontram-se os atacados (1). Outro modelo que pode ser encontrado são os atacarejos (2), um formato de distribuição que combina características de atacado e varejo, oferecendo os menores preços do atacado, mas também permitindo compras em pequenas quantidades.
  2. Grandes redes de supermercados: neste grupo estão os hipermercados (3), grandes estabelecimentos que oferecem uma ampla variedade de produtos alimentícios e não alimentícios, incluindo alimentos frescos, produtos de limpeza, eletrônicos, entre outros; os supermercados de rede (4), que compartilham uma mesma marca e também oferecem variedade de produtos, porém em menor escala que os hipermercados; os clubes de compra (5), em que é preciso se tornar membro, a partir de planos de assinatura, para ter acesso aos produtos e preços exclusivos, além de benefícios adicionais (exemplo: Sam’s Club). 
  3. Varejo local: são estabelecimentos menores, focados no atendimento de comunidades, com uma seleção mais limitada de produtos em comparação com hipermercados e supermercados de rede. Fazem parte os supermercados de bairro (6), com modelo semelhante aos de rede, mas menor mix de produtos; os varejões e mercearias (7), que comercializam frutas, verduras, legumes, produtos de mercearia e produtos de limpeza; e as feiras de rua (8), eventos itinerantes onde produtores e comerciantes locais vendem diretamente.
  4. Varejo virtual: a comercialização digital de agroprodutos também tem ganhado destaque no Brasil. Como modelos, os clubes de assinatura (9), onde clientes recebem, com determinada frequência (normalmente mensal), uma seleção de produtos alimentícios em suas casas, muitas vezes com foco em produtos gourmet (clubes de café, vinho e cervejas artesanais); os marketplaces (10), plataformas online que reúnem vendedores e produtos em um único local, oferecendo possibilidade de escolha (caso interessante: Shopper, que permite compras por aplicativo e entregas programadas conforme as preferências do cliente.
  5. Especialidades alimentares: agrega os modelos onde a comercialização dos produtos se dá conforme a especialidade/tipo de produto. Por serem especializados, apresentam nível superior quanto a mix específico de produtos, tais como: os açougues (11), ofertando carnes, produtos de origem animal, temperos e outros itens para preparo/churrasco; as padarias (12) e confeitarias (13), especializadas na produção de pães, bolos, doces e confeitos; e as lojas de produtos naturais e suplementos (14), ofertando produtos medicinais, extratos e outros.

Há também as farmácias (15) e lojas de conveniências (16) que, embora não sejam tradicionalmente associadas à distribuição de alimentos, também comercializam lanches, bebidas, refeições rápidas e outras categorias. O último modelo, inclusive, tem se especializado cada vez mais no ramo alimentício.

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Em suma, além de garantir que as pessoas tenham acesso aos alimentos de forma rápida, segura e com qualidade, o setor de distribuição gera oportunidades, renda e melhoria de vida a muitos brasileiros. O segmento descrito neste texto é para consumo no lar, sendo que o segmento de consumo fora do lar será descrito no próximo. Assim vamos ampliando nosso conhecimento do agro. 

Marcos Fava Neves é professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP (Ribeirão Preto – SP) da FGV (São Paulo – SP) e fundador da Harven Agribusiness School (Ribeirão Preto – SP). É especialista em Planejamento Estratégico do Agronegócio. Confira textos e outros materiais em harvenschool.com e veja os vídeos no Youtube (Marcos Fava Neves). Agradecimentos a Vinicius Cambaúva e Rafael Rosalino. 

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