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Mercado de ações: o que esperar da B3 no ano que vem

Com a perspectiva de novos cortes de juros, a Bolsa pode ganhar terreno em 2024; veja o que diz análise exclusiva de especialistas

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 19h50 - Publicado em 27 nov 2023, 08h00

Qualquer investidor sabe que, entrar na Bolsa de Valores, seja comprando individualmente ações de empresas ou por meio de fundos, exige conhecimento e uma grande dose de resiliência, dadas as incertezas que sempre cercam a economia do País. Neste ano, acertou até aqui quem apostou em setores como imobiliário, financeiro e de utilidade pública, que têm apresentado bons resultados. Já os papéis de empresas abertas dos segmentos de materiais básicos e de consumo ficaram no vermelho, conforme levantamento da Anova Reserch, empresa criada por Paulo Martins.

A pedido da coluna, a Anova também elaborou um mapa das oportunidades que podem aparecer no mercado acionário em 2024. Essa análise considerou algumas premissas, como a perspectiva de novos cortes nos juros e de desvalorização do dólar futuro. Também entraram na conta fatores como o interesse crescente em ativos chineses, as oportunidades emergentes no setor de óleo e gás e o comportamento dos grandes investidores institucionais, que demonstraram um interesse expressivo em comprar ativos brasileiros nos últimos dois anos. Aqui, os resultados desse estudo:

Uma visão geral do que aconteceu neste ano 

Para entender o desempenho da B3 em 2023, é fundamental avaliar o desempenho dos diferentes setores do mercado. Os dados até 14 de novembro de 2023 revelam um cenário diversificado:

Melhores desempenhos:

Setor imobiliário (IMOB): +39.01%

Setor financeiro (IFNC): +18.39%

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Setor de utilidade pública (UTIL): +12.92%

Outros setores:

Agribusiness (AGFS): +5.46%

Industrial (INDX): +3.55%

Materiais básicos (IMAT): -0.71%

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Consumo (ICON): -2.40%

Esse panorama evidencia a volatilidade e complexidade do mercado em 2023. Enquanto o setor imobiliário prosperou, impulsionado por políticas governamentais e preços atrativos, setores como o de materiais básicos e consumo enfrentaram desafios.

E o que esperar de 2024

O ano de 2023 foi desafiador para investidores e analistas de mercado, mas também ofereceu lições valiosas. Segundo a Anova, os investidores devem permanecer atentos às tendências globais e locais, adaptando-se rapidamente às mudanças de mercado e diversificando seus portfólios. A incerteza e a volatilidade continuarão a ser elementos-chave, e a preparação para enfrentar esses desafios será fundamental para o sucesso no mercado financeiro brasileiro em 2024.

Juros futuros: tendência de cortes agressivos

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O estudo afirma que há forte convicção em relação à posição “vendida” em taxa de juros. Essa visão é respaldada por pesquisas contínuas sobre a atuação de grandes instituições na precificação da “barriga” da curva de juros. A análise sugere que o cenário mais provável envolve cortes agressivos nas taxas de juros. Importante notar que essa tendência ainda não foi precificada por participantes com menor capacidade financeira, como fundos locais e investidores de varejo.

Ações da Vale (Vale3): aproveitando a “acumulação”

As ações da Vale passaram por um período de grande “acumulação” por parte de grandes players institucionais. Isso ocorreu durante um período de pessimismo em relação ao mercado chinês. Na avaliação da Anova, isso sugere que investidores institucionais acreditam em oportunidades futuras de valorização.

Bancos: caminho para alta após crise bancária

O setor bancário é apontado como tendo um caminho livre para um forte movimento de alta. A análise da Anova Research sugere que players institucionais aproveitaram para acumular papéis do setor a preços mais baixos durante um período de crise bancária no mercado americano. Pequenos e médios investidores venderam suas ações a preços inferiores, resultando em grandes bancos de investimento e hedge funds controlando essas ações. A expectativa é de que eles se desfaçam dessas ações a preços mais altos, aproveitando o otimismo futuro de investidores menores.

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Dólar futuro: perspectiva de desvalorização

A análise também aborda o mercado de dólar futuro e observa um interesse institucional na chamada “ponta passiva vendedora”. Os investidores foram levados a acreditar na necessidade de dolarizar seu patrimônio a preços acima de R$ 5,20 após os resultados das eleições. No entanto, especialistas enfatizam que o mercado de capitais não se alinha com viés político e que, independentemente das convicções, o mercado busca lucro. As projeções indicam espaço para desvalorização do dólar, possivelmente chegando a patamares entre R$ 4,50 e R$ 4,65, o que fortaleceria a visão de valorização dos ativos brasileiros.

Crescente interesse em ativos chineses

A pesquisa da Anova Research também destaca o crescente interesse global em ativos chineses. Esse influxo de capital tem sido discreto, escapando da atenção do investidor médio, que muitas vezes segue o consenso de mercado. Ou seja, a análise conclui que grandes investidores estão bem posicionados para um movimento de impulso em ativos chineses no futuro. No entanto, a recomendação é adotar uma postura defensiva quando essa demanda se materializar, evitando momentos de euforia e otimismo excessivo.

Setor de óleo e gás

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O setor de óleo e gás está passando por um período de acumulação nos mercados globais, incluindo ativos brasileiros, como as ADRs da Argentina negociadas nos EUA. Isso sugere que grupos financeiramente robustos estão comprando e acumulando ativos apostando num aumento futuro de preços. No Brasil, oportunidades de médio prazo podem ser encontradas em ativos como 3R Petroleum (RECV3) e até mesmo a Petrobras, caso apresente uma correção no curto prazo.

Estamos falando aqui de setores como energia e saneamento. Embora esses papéis devam apresentar forte valorização, é crucial compreender que grandes instituições estão vendendo essas ações de maneira passiva, fornecendo liquidez para fundos locais e investidores menores a preços mais altos. Esse cenário coincide com a transição entre a estagflação e a recessão, com a ressalva de que a “conta” da COVID-19 ainda está por vir. O alerta é que, após a janela de oportunidade, investidores podem precisar adotar uma postura defensiva nos mercados de risco, pois o otimismo pode prevalecer antes da chegada de desafios econômicos.

O comportamento dos grandes investidores institucionais

É essencial compreender o comportamento dos grandes investidores institucionais, que têm demonstrado um interesse expressivo em comprar ativos brasileiros nos últimos dois anos, em um período chamado de “reacumulação”. Eles têm agido de maneira passiva, absorvendo as vendas de investidores com menos capacidade financeira que optam por liquidar suas posições a preços mais baixos no curto prazo. Esse comportamento indica otimismo crescente e bem fundamentado desses investidores na América Latina, impulsionado por fatores globais e locais.

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