Imagem Blog

Neuza Sanches

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Negócios, Mercados & Cia

Paulo Guedes: o que os banqueiros acham da gestão do ministro?

Jair Bolsonaro já afirmou que, se reeleito, vai manter Paulo Guedes; banqueiros analisam os ‘altos’ e ‘baixos’ da gestão do titular da Economia

Por Neuza Sanches Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 out 2022, 09h12 - Publicado em 19 out 2022, 09h00

O mercado financeiro tem cobrado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a indicação de nomes que poderão compor a área econômica do governo caso o petista saia vencedor da eleição no dia 30. Da sua parte, o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, já disse que pretende manter Paulo Guedes, embora exista proposta para desidratar o atual superministério da Economia – com a recriação, por exemplo, da pasta do Planejamento e da Indústria e Comércio. Mas qual a avaliação dos banqueiros sobre a atual gestão do ‘Posto Ipiranga’? A resposta é que o mercado está dividido e longe de uma unanimidade em relação ao nome de Guedes em um eventual novo mandato de Bolsonaro.

Nas conversas que tive esta semana, não houve meio-termo: ou o meu entrevistado elogiava ou atacava a hipótese de mais quatro anos de Guedes à frente das finanças do País. De forma geral, o primeiro grupo – do “a favor” – afirma que, a despeito das dificuldades de articulação política do governo no Congresso e de fatores externos como a guerra entre Rússia e Ucrânia (que bagunçou o coreto econômico em todo mundo), Guedes teria conseguido realizar uma “revolução silenciosa”. Por esse raciocínio, uma “segunda vez” teria tudo para completar a obra.

“A política econômica do Bolsonaro será a mesma, com o Paulo Guedes tocando e, desta vez, acho que terá menos amarras”, afirma um banqueiro da Faria Lima. “Para mim, está clara a política econômica de Bolsonaro”, afirma um sócio de uma das maiores assets brasileiras. Por “política econômica clara” entenda-se a fé de que o governo vai manter o receituário liberal, com a continuidade da redução do Estado, programas de venda de ativos, incluindo a possível privatização da Petrobras, e reforma administrativa. Mas e o teto de gastos, como defender uma administração que fura a âncora fiscal? “Houve alteração da regra de teto de gastos para manter a ancoragem fiscal, mas com um grau de liberdade em algumas áreas”, me respondeu um deles, ao se referir à promessa de campanha de manter o valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil.

Uma gestão diametralmente oposta emerge da avaliação do outro grupo – o do “sou contra”. Aqui a argumentação gira em torno das “contradições” de Guedes: o discurso de defesa do receituário liberal e da “bíblia da política fiscal” teria terminado, em grande parte, em um fracasso. “Só o nome de Paulo Guedes não basta para ficar clara a política econômica de Jair Bolsonaro”, afirma um banqueiro do segmento digital. “Não ficou nada clara a política econômica nesses quatro anos.” “Está clara como a cor do petróleo”, ironiza outra liderança desse mercado. Em ambos os grupos,  são pouquíssimos os que não votaram em Bolsonaro em 2018. Se essas críticas serão suficientes para mudar o voto nestas eleições? Bem, essa é outra história.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.