Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99

Noblat

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O primeiro blog brasileiro com notícias e comentários diários sobre o que acontece na política. No ar desde 2004. Por Ricardo Noblat. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

No país do provisório

O governo não possui um plano B para a gestão de preços de combustíveis

Por Ruy Fabiano
Atualizado em 2 jun 2018, 10h00 - Publicado em 2 jun 2018, 10h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras lança a crise no imponderável. O governo não possui um plano B para a gestão de preços de combustíveis. E os efeitos desse vazio gerencial, em torno da maior estatal do país – com ações nas bolsas internacionais –, não favorece a normalização institucional.

    A empresa, que vinha se recuperando, despenca no mercado. E continua refém de pressões políticas de toda ordem. Não agradava à população, por óbvio, a política de reajustes quase diários dos combustíveis, sobretudo levando-se em conta que os salários há muito não têm reajustes. Também não agradava aos políticos.

    Os motivos, evidentemente, não são os mesmos. As estatais são defendidas com ardor pelos políticos, sobretudo à esquerda, pelo manejo fisiológico que propiciam. A Petrobrás, que, com as gestões Lula-Dilma, chegara ao limite de sua capacidade de amamentar corruptos, estava num raro momento de gestão técnica. Acabou.

    A greve dos caminhoneiros, que dela perderam o controle faz dias, está sob nova administração – política e radical: de um lado a esquerda, que quer melar as eleições por não ter candidato competitivo; de outro, a direita, que quer intervenção militar, por não confiar nas urnas eletrônicas e na Justiça eleitoral.

    Ambas querem a cabeça do presidente da República. E talvez a queiram por não possuir uma. A saída do presidente, hipótese que não se descarta (aliás, nada se descarta, neste momento), gera, a quatro meses das eleições, mais males que os que evita.

    Continua após a publicidade

    Entre outros, torna as eleições uma incógnita.

    Não por acaso, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado acaba de aprovar projeto que regulamenta a eleição indireta para presidente e vice-presidente da República, em caso de vacância de ambos os cargos nos dois últimos anos do mandato presidencial.

    O projeto é do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que o apresentou em 2015, antes do impeachment e já o prevendo. Caiado queria, com a saída de Dilma, a antecipação das eleições de 2018. Talvez, se acolhida, sua proposta tivesse estancado a crise.

    Agora, soa extemporânea. Será de valia para crises futuras, que nisso o país não falha. Se não houver recurso para análise em plenário, o projeto segue para a Câmara dos Deputados.

    Continua após a publicidade

    Pelo projeto, na hipótese de vacância, os partidos poderão apresentar candidato, que não precisam ser membros do Parlamento. Por hipótese, se Temer, renunciasse neste fim de semana, seu sucessor indireto governaria por cerca de cinco meses, descontado o período de lançamento da candidatura e do rito eleitoral.

    De quebra, interferiria na campanha eleitoral ou mesmo poderia servir de pretexto para questioná-la. Um furdunço.

    O Brasil, mais que nunca, confirma sua tradição de país do provisório e da interinidade.

    Ruy Fabiano é jornalista  

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.